Um em cada 10 russos já enfrentou assédio sexual no local de trabalho, mostra pesquisa

Sergey Fadeichev/TASS
Além disso, 12% dos entrevistados relatam ter recebido comentários indecentes sobre sua aparência.

Embora a maioria dos russos (87%) nunca tenha tido contato físico forçado no trabalho, 9% relataram manifestações de assédio, de acordo com os dados do Centro de Pesquisa de Opinião Pública da Rússia (VTsIOM) publicados na segunda (3).

“A maioria absoluta (87%) nunca enfrentou situações de contato físico forçado ou indesejado no trabalho. Ainda que um a cada 10 russos (9%) tenha recebido ofertas ou demandas de natureza sexual [nesse ambiente]”, afirma o estudo.

Enquanto quase metade dos entrevistados (45%) não considera uma ofensa a proposta de relações sexuais e demandas de natureza sexual no local de trabalho, a outra metade dos entrevistados – geralmente, mulheres e jovens – possui opinião oposta. Uma em cada duas mulheres (51% das respondentes), trata-se de uma postura indubitavelmente ofensiva. Entre os homens, essa mesma opinião é compartilhada por 22%. Entre os jovens (18 a 24 anos), 60% consideram essas propostas injuriosas, e 42% as consideram agressões entre os idosos (com mais de 60 anos).

A maioria absoluta (90%) disse jamais ter tido necessidade de recusar avanços ou ofertas abertas de relações sexuais pelos supervisores. Para 4%, a eventual recusa não teve consequências, e 3% revelou ter sido demitido ou outras implicações.

Além disso, 12% dos russos relatam ter recebido comentários indecentes sobre sua aparência, enquanto 4% afirmam que isso ocorre com frequência.

A pesquisa foi conduzida pelo Centro de Pesquisa de Opinião Pública da Rússia em parceria com a agência Sputnik em 29 de julho, envolvendo 1.600 pessoas com mais de 18 anos. A margem de erro não excede 2,5 pontos percentuais.

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