Arquitetos japoneses projetarão “edifício-navio” de vidro em São Petersburgo; veja imagens

Nikken Sekkei
O “Navio de Cristal”, com sua fachada plástica e paisagem de parque nos entornos, será erguido à beira do rio Nevá, no local do antigo estaleiro imperial da cidade.

Uma das mais antigas agências de arquitetura do Japão, a “Nikken Sekkei”, ganhou recentemente uma licitação para projetar um edifício de 28 metros de altura no cabo Okhta, em São Petersburgo, onde houve, no passado, uma zona industrial. O projeto do edifício lembra um navio transparente e foi batizado de “Navio de Cristal”.

O conceito não surgiu por acaso: anteriormente, o local abrigava um dos mais importantes estaleiros da frota imperial russa, estabelecido ainda sob Pedro, o Grande (1672-1725).

“Os arquitetos criaram a fachada de vidro literalmente suspensa sobre o solo, amparada por uma estrutura de metal”, explica Elena Iliukhina, membro do conselho da “Gazprom Neft”, petrolífera que é proprietária do lote e financiado ora projeto.

A empresa planeja estabelecer sua nova sede ali (anteriormente, a ideia era que o arranha-céu de vidro vizinho “Lakhta-Tsentr”, de 400 metros de altura, fosse a sede).

Os arquitetos planejam dedicar a maior parte do complexo ao uso público. Nele, os escritórios ocupariam apenas os andares mais altos. O edifício deve abrigar cafés, restaurantes, galerias comerciais e um jardim de inverno. Já o exterior terá um parque paisagístico com anfiteatro, fonte e terraço aberto com vista para o rio Nievá, "para praticar ioga ao ar livre", segundo comunicado.

No entanto, a cereja do bolo será um arco gigantesco. O espaço sob ele conterá um espelho d’água que criará um efeito visual impressionante. O arco em si deve se transformar em um deck panorâmico público com uma ponte entre os dois prédios do complexo.

“Criamos um portão simbólico entre os dois edifícios - eles dão uma vista para o convento Smôlni. Também há a filosofia japonesa de shyakkei (借景), ou seja, a técnica da ‘paisagem emprestada’: de certa forma, o panorama se enquadra, permitindo que os pontos mais distantes sejam vistos como parte de nossa paisagem”, disse Fadi Jabri, CEO do escritório de engenharia japonês, ao portal “Sobaka”.

Ainda não se sabe quando a construção será concluída, mas a Gazprom Neft estima que toda obra leve entre quatro e cinco anos.

 

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