Um estudo recém-publicado pelo centro de pesquisa Romir, em Moscou, revelou que 77% dos russos estão satisfeitos com seu emprego. O índice é maior entre os moradores da região central do país em comparação a habitantes do noroeste e do sul da Rússia.
A maioria dos entrevistados também disse que seus empregos atendem suas expectativas (80%) e consideram seu salário “relativamente decente” (61%). Além disso, apenas um terço dos respondentes revelaram ter mudado de trabalho nos últimos anos.
Quando o assunto é busca de emprego, os russos afirmaram depender sobretudo das indicações de família e amigos e das mídias sociais. Oito dos dez russos disseram que só buscariam um trabalho no exterior se houver queda de salários na Rússia.
A pesquisa vem na esteira de um estudo do Boston Consulting Group (BCG) sobre o mercado de trabalho russo publicado na semana passada. De acordo com a empresa, nos últimos 25 anos, o país não conseguiu se ‘livrar de seu legado soviético’ – por isso, 80% dos russos não teriam habilidades para competir no mercado de trabalho internacional.
O estudo da BCG, com mais de 3,5 milhões de funcionários em 22 setores, descobriu que apenas 17% da população está empregada em cargos altamente qualificados. Esse índice é 1,5 vez menor que no Japão e nos EUA, e 2,6 vezes menor que no Reino Unido.
De acordo com as descobertas, 35% dos russos estão envolvidos em atividades que exigem pouca qualificação, como motoristas (7,1%) e segurança (1,9%). Além disso, enquanto mais de 30% trabalham para o governo (incluindo corporações estatais e empresas irmãs), apenas 15% da população administra um pequeno negócio próprio.
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