Segundo presidente do COR, diferença de fuso horário e condições climáticas podem dificultar desempenho dos russos na Rio-2016 Foto: RIA Nóvosti
Na mais recente sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), muitas propostas foram analisadas. Podemos dizer que está sendo esboçada uma “revolução” no setor de esportes?
O movimento olímpico está em ascensão, mas é preciso fazer ajustes. Para elaborar as reformas do movimento olímpico, [o presidente do COI Thomas] Bach criou um grupo especial que inclui, entre outros, representantes das grandes potências esportivas – Rússia, China e EUA. Foram introduzidas algumas modificações importantes. Por exemplo, agora é permitido realizar os Jogos Olímpicos não mais em uma, mas em várias cidades e, em casos excepcionais, até mesmo em dois países. Além disso, o país que sedia o evento tem o direito de apresentar propostas referentes a novas modalidades esportivas.
A quantidade de medalhas que serão disputadas nas Olimpíadas foi claramente regulamentada na sessão. Outra decisão importante foi a criação do canal olímpico de televisão do COI, o que é realmente um passo revolucionário. A expectativa é que ela transmita competições às quais não poderíamos assistir nos canais comuns, como, por exemplo, os Jogos Olímpicos da Juventude.
Há chances de o sambo e o bandy (hóquei com bola), esportes populares na Rússia, serem incluídos no programa olímpico?
Em primeiro lugar, a modalidade esportiva deve ser reconhecida como olímpica. Em breve, o conselho executivo do COI irá analisar a possibilidade de incluir o sambo no programa olímpico. As competições de sambo foram um sucesso nos Jogos Asiáticos e estarão presentes nos primeiros Jogos Olímpicos Europeus, que serão realizados em Baku, em 2015, e isso já é bastante significativo. Quanto ao bandy, a questão é mais complicada, pois essa modalidade envolve muitos participantes, o que levaria à redução do número de representantes nas modalidades esportivas individuais.
é uma arte marcial originariamente desenvolvida na União Soviética. Surgiu como uma síntese de diversas técnicas de autodefesa e foi reconhecida como esporte olímpico em 1981, mas jamais foi incluída entre as categorias disputadas nas Olimpíadas.
A seleção russa para Rio-2016 já foi definida? Os atletas estão seguindo um programa de treinamento?
Nós definimos um grupo de candidatos, e ele é várias vezes maior do que a equipe que viajará para o Rio. Os treinos estão sendo realizados, e o programa foi aprovado. É claro que a Olimpíada não será nada fácil. A experiência mostra que todas as competições realizadas no continente americano são complicadas, pois há o impacto da diferença de fuso horário e condições climáticas. Nossos atletas terão dificuldades no Brasil, por isso, agora eles estão cumprindo um programa de treinamento especial com a participação de médicos, cientistas e treinadores experientes.
Quais são as expectativas do comitê russo para os Jogos no Rio?
Temos uma meta: estar entre os três primeiros na classificação não oficial por equipes. Cada equipe tem a sua tarefa específica. Pode-se calcular, mais ou menos, como estão indo as coisas em cada uma das modalidades esportivas e com o que se pode contar hoje. Temos uma análise detalhada dos potenciais medalhistas, ou seja, aqueles que no decorrer do ano estão constantemente entre os dez melhores atletas nas Copas do Mundo e em outras competições importantes. E, a partir dessa dinâmica, é possível tirar certas conclusões, porque se sabe quantos medalhistas podem se transformar em vencedores. O nosso desafio é aumentar esse percentual.
Publicado originalmente pela Rossiyskaya Gazeta
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