Meninos-prodígio do esporte nacional

Foto: Anton Denisov / RIA Nóvosti

Foto: Anton Denisov / RIA Nóvosti

A Gazeta Russa fez uma classificação de atletas russos que conseguiram ter sucesso no esporte profissional quando eram muito jovens.

Pelo número de prodígios no esporte, a Rússia mantém o primeiro lugar na patinação artística. Duas vezes campeão olímpico, Evguêni Plushenko ganhou seus primeiros prêmios em 1998, com 15 anos, ao tornar-se o campeão mais jovem dos campeonatos do Mundo e da Europa. Irina Slutskaia, duas vezes medalhista olímpica, ganhou um torneio pela primeira vez com 14 anos. 

Mas há prodígios russos em outros esportes, do futebol ao tênis. A Gazeta Russa fez uma seleção.

 

Julia Lipnitskaia (patinação artística) 

Foto: Maxim Blinov / RIA Nóvosti

Hoje em dia, há restrições rígidas de idade que não permitem que meninas muito jovens participem das principais competições internacionais para adultos na patinação artística. Portanto, por um longo período, Julia Lipnitskaia não foi conhecida pelo público (com 13 anos ela tornou-se vice-campeã da Rússia entre adultos e ganhou todos os campeonatos júnior da temporada). Mas quando ela finalmente "saiu da sombra", o mundo estremeceu.

Em Sôtchi, Lipnitskaia tornou-se a personagem principal do torneio de patinação artística em equipe. Ao ganhar o maior número possível de pontos, ela se tornou a campeã olímpica mais jovem na história da patinação artística.

"Quando eu perdi no programa opcional em Moscou, me disseram que a seleção seria baseada apenas nos resultados dessa competição. Em seguida, havia rumores de que as meninas seriam selecionadas durante as finais do Grande Prêmio, no Japão. Eu tive o melhor resultado entre as participantes russas e imediatamente me disseram que a seleção seria realizada no Campeonato Russo. Depois de algum tempo, descobriu-se que não era verdade e que tudo deveria ser decidido no Campeonato Europeu. Então, quando eu ganhei, eu não tinha a impressão de que tudo tinha terminado e que eu tinha conseguido entrar na equipe." (Trecho de uma entrevista feita antes dos Jogos Olímpicos de 2014 ao “Sport-Express”).


Maria Sharapova (tênis) 

Foto: Anton Denisov / RIA Nóvosti

A situação na Rússia é muito boa no que diz respeito a tenistas prodígio. A representante mais proeminente desse esporte é a medalhista de prata nos Jogos Olímpicos em Londres, Maria Sharapova.

Aos sete anos, ela mudou-se para os Estados Unidos junto do seu pai para começar o treinamento nas academias locais de tênis. Em novembro de 2000, com 13 anos de idade, Sharapova ganhou o Eddie Herr Internacional Junior Tennis Championship para os jogadores Sub-16 e recebeu o prêmio Rising Star como "atleta extremamente destacada”. Depois de apenas quatro anos, ganhou em Wimbledon e  tornou-se a primeira russa a vencer esse campeonato.

No final da competição, derrotou a então campeã, Serena Williams. Mais tarde, Sharapova derrotou a mesma jogadora na final do WTA Tour Championship. Em 22 de agosto de 2005, Sharapova tornou-se a primeira russa a liderar a classificação da WTA. Em 2012, nos Jogos Olímpicos de Londres, foi a primeira mulher porta-bandeira na história do esporte russo e soviético.

"Eu me sinto russa e isso está profundamente enraizado em mim. Quando eu venho para cá [para a Rússia], parece que eu finalmente volto para casa.” ("Boletim").


Mikhail Aleshin (automobilismo) 

Foto: Vitáli Belousov / RIA Nóvosti

O automobilismo russo sempre teve pilotos jovens promissores. Mas devido à falta de financiamento, quase todos eles eram desconhecidos entre os fãs estrangeiros. 

Mikhail Aleshin teve mais sorte que todos os outros. Aos 11 anos, ele se tornou  campeão nacional de karting e aos 14 anos fez sua estreia na Formula 1600 russa (dois pódios de vencedor e um quinto lugar na classificação geral na temporada de 2001).

Dois anos depois, Aleshin já aparecia no  campeonato alemão Formula Renault 2000. Ele levou vários anos para se adaptar e depois teve uma brilhante temporada de 2005: vitória, pole-position, sete pódios e segundo lugar na classificação geral. Depois veio uma nova etapa: a Formula Renault 3.5 mundial e a vitória na classificação individual do campeonato de 2010 (entre aqueles que foram vencidos por Aleshin estavam Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne). Mais tarde vieram testes na equipe Renault F1.

Parecia que o caminho para a Fórmula 1 estava aberto. Mas não havia dinheiro suficiente. A carreira ficou praticamente paralisada. Até o momento em que Aleshin decidiu correr o risco e resolveu se transferir para o outro lado do oceano, para competir na série de corrida Indycar, onde ele foi o primeiro russo, na Schmidt Peterson Motorsports.

“Hemingway disse que ele só considerava como esportes a corrida de touros, o alpinismo e automobilismo. O resto eram apenas  jogos. Eu acho que até certo ponto deveria ser assim. A corrida tem que ser arriscada, e aqueles que participam em um nível profissional, têm que entender o grau de perigo. Na Europa, o perigo não é tão óbvio como aqui [na IndyCar]." (F1news.ru)

Igor Akinfeev (futebol) 


Foto: Aleksandr Vilf / RIA Nóvosti

A posição de goleiro no futebol é algo única. E quando no campo estão jogando equipes boas, mesmo a preparação psicológica não será suficiente. Além de tudo é preciso ter talento. É por isso que no gol das equipes russas há poucos  juniores profissionais. 

Ígor Akinfeev  jogou sua primeira partida na equipe principal do CSKA Moscou  quando ainda nem sequer tinha completado 17 anos: em 2003, em São Petersburgo, na luta contra o Zenith na Copa da Rússia. Igor entrou em campo na segunda parte de jogo, quando o placar estava 2 a 0 para o adversário, e conseguiu defender seu gol. Dois meses depois, veio sua estreia na Premier League, durante a qual Igor continuou sua  defesa eficaz e ao mesmo tempo agarrou um pênalti no final do jogo. Imediatamente depois, foi convocado para a seleção da Rússia.

Akinfeev jogou na equipe nacional pela primeira vez em abril de 2004, com 18 anos,  tornando-se o goleiro estreante mais jovem na história da equipe. 

"A motivação que eu tenho é sempre a mesma –o jogo de futebol. Eu não posso imaginar uma pessoa que não goste de futebol passar por todas essas etapas, jogar na equipe de base, entrar na primeira classificação e disputar mais algumas centenas de jogos. Não é só dinheiro e fama, é um trabalho difícil. Se você ama futebol e está pronto para trabalhar até o máximo, há uma chance de que você tenha sucesso. Não há outras receitas." (Www.bobsoccer.ru)

 

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