Sharapova não cumpre plano de treinamento para os jogos nem analisa suas partidas Foto: Reuters
1. Raquete de ouro
A
vitória em Roland Garros
colocou Sharapova no segundo lugar na lista de tenistas que ganharam a maior
quantidade de prêmios na história. A tenista russa, em cuja conta bancária há
US$ 31 milhões conquistados nas quadras de tênis, ultrapassou a americana Venus
Williams. Com o novo resultado, Sharapova deixa na sua frente apenas a irmã de
Willams, Serena, cujos prêmios são estimados em US$ 55 milhões.
“Quando vejo pessoas da minha idade em seus carros caros, penso que estou no
meu graças ao meu próprio esforço e fico satisfeita. Às vezes você sente esses
olhares quando alguém olha para você e pensa: ‘Deve ser o pai que comprou
esse Range Rover para essa boneca mimada. Aí eu retruco: ‘Não, meu querido! Eu mesma
comprei’.”
2. Espontaneidade à prova
Sharapova não cumpre plano de treinamento para os jogos nem analisa suas partidas. A tenista reconhece que essa característica irrita todos os seus treinadores. A desorganização da russa eventualmente provocou a saída do famoso especialista sueco Thomas Holgsted. O treinador não cumpria os caprichos de sua aluna e se demitiu depois de três anos de cooperação. Desde agosto de 2013, Sharapova é treinada pelo ex-primeiro colocado no ranking mundial (1974-1976), o americano Jimmy Connors.
“Não importa o que nós conversamos antes do jogo, eu saio e jogo da minha própria maneira. Após a partida, o treinador me diz: ‘É sério? E por que você precisa de mim?’ Peço desculpas, mas a próxima vez faço a mesma coisa”, conta.
“Eu não consigo lembrar a última vez que eu assisti a um jogo meu completo. Claro, não é muito bom, e meu treinador fica triste com isso. Ele ficaria feliz se eu sentasse para assistir aos jogos e tirasse algumas conclusões. Mas eu só tenho paciência para 10 a 15 minutos. Claro que é bom ver suas vitórias, mas eu realmente não gosto de olhar para trás. Tudo isso estará me esperando quando eu me aposentar.”
3. Preguiça de jornalista
Sharapova não gosta de falar com a imprensa. Coletivas frequentes, participação ativa na vida social e pedidos constantes de entrevistas atrapalham muito. Às vezes, a tenista responde de forma abrupta e perde a paciência.
“Gente, eu entendo que vocês são jornalistas, e esse é o seu trabalho, mas deixem seus cadernos, canetas e aparelhos para medir a força dos gritos [a força máxima do grito de Maria Sharapova na quadra de tênis é de 105 decibéis, o que equivale ao barulho de um jato], e vejam o jogo do ponto de vista do torcedor. Só então que vocês terão algumas perguntas interessantes.”
4. Figura da ONU
Em fevereiro de 2007, Sharapova se tornou uma Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas, usando sua fama para chamar atenção para os problemas globais. Acima de tudo, a tenista está preocupada com a falta de água potável na África, os problemas de dependência de drogas nos países em desenvolvimento e a preservação das riquezas naturais. Mas a atleta reconheceu que a primeira coletiva de imprensa na sede das Nações Unidas foi uma das situações mais estressantes de sua carreira.
“Eu fiquei muito preocupada. Digamos assim, não foram perguntas comuns ‘como está sua força no braço direito hoje?’. Um jornalista me perguntou: ‘O que as pessoas precisam fazer para acabar com guerras e pobreza?’. Surpreendentemente, naquele momento eu estava disposta a falar sobre minha força na direita.”
5. Raízes siberianas
Sharapova nasceu em Niagan, uma pequena cidade siberiana. Apesar de a tenista passar a maior parte do tempo em viagens, ela repetiu várias vezes ter orgulho de suas raízes.
“Tenho muito orgulho de ter nascido na Sibéria. É muito engraçado na hora quando anunciam o meu nome antes dos jogos, não dizem ‘nasceu na Rússia’, mas ‘nasceu em Niagan, na Sibéria’. E toda vez ouço um grito de ‘uau’. Para as pessoas, é uma notícia que surpreende, e nesses momentos eu me sinto orgulhosa. Esse orgulho é maior do que aquele que eu sinto quando anunciaram minha vitória em Roland Garros ou que eu sou a número um do mundo.”
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