Se os estádios de Kazan e Sôtchi já estão prontos para receber jogos, em outras cidades russas as coisas estão mais lentas Foto: PhotoXPress
O Ministério dos Esportes da Rússia calculou mais uma vez os custos da realização da Copa do Mundo de 2018 no país. De acordo com o cronograma do programa de preparação para o mundial, o custo diminuiu em US$ 1,3 bilhão, e está agora avaliado em US$ 17,5 bilhões.
"Além dos estádios precisamos construir mais de 300 objetos: a base de treinamento e alojamento dos jogadores, comunicações, instalações elétricas etc.", diz o ministro dos Esportes russo, Vitáli Mutko.
"Já tem gente falando em desvio de dinheiro, atraso das obras etc. Não vale a pena prestar atenção a isso. Esse tipo de conversar sempre vai acontecer. Eventos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo criam milhares de empregos e ajudam o país a passar para um novo patamar."
Kazan e Sôtchi prontas
O Kazan Arena é o primeiro dos 12 estádios da Copa de 2018 pronto para ser usado. O jogo inaugural no estádio acontecerá em 26 de maio. O Kazan Arena foi projetado para 45 mil espectadores e lembra um pouco um dos melhores estádios do mundo: o do Arsenal de Londres, Emirates.
A semelhança não é coincidência, já que a mesma empresa que projetou a arena dos Gunners trabalhou no projeto do estádio de Kazan, bem como a renovação do Wembley e do Estádio Olímpico de Londres.
Para a construção do Kazan Arena foram injetados US$ 402 milhões. O custo do estádio de Kazan é comparável ao custo das arenas brasileiras que irão sediar os jogos decisivos da Copa.
Assim, o Estádio Mané Garrincha (71 mil lugares), que vai receber as quartas de final e o jogo pelo terceiro lugar, custou ao Brasil US$ 400 milhões. Um pouco mais cara foi a construção do Arena Corinthians (65 mil lugares), que vai receber uma das semifinais do torneio e que custou US$ 403 milhões.
O estádio Fisht, em Sôtchi, que sediou a abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, também já está pronto para receber jogos da Copa. Ele foi projetado pela empresa de arquitetura Populous, que tem em seu currículo, entre outros, o Yankee Stadium, em Nova York, o Estádio Olímpico de Chicago e o estádio So Kon Po.
"O projeto do estádio prevê que no inverno ele reflita a luz em um determinado ângulo de modo que o sol penetre dentro dele e, no verão, quando o sol está alto, ele garanta sombra dentro do estádio", diz o diretor da Populous, Damon Lavelle.
Construções da capital a caminho
Se os estádios de Kazan e Sôtchi já estão prontos para receber jogos, em outras cidades russas as coisas estão mais lentas. As obras mais próximas da conclusão são as do moscovita Otkrítie Arena, o novo estádio do Spartak de Moscou que será inaugurado no final de julho de 2014.
Já a sofrida Zenith Arena, em São Petersburgo, que está em construção desde 2006, só ficará pronta em meados de 2016.
Ainda outro estádio em Moscou não estará pronto em breve: a lendária Arena Lujniki, que sediou os Jogos Olímpicos de 1980 e que está fechada para reforma. É no novo Lujniki que será disputada a final da Copa. Para preparar o estádio para o jogo mais importante do campeonato foram alocados US$ 534 milhões.
As arenas das outras regiões da Rússia serão construídas por empresas nacionais. Assim, a construção do estádio em Níjni Nôvgorod e Volgogrado estará a cargo da Stroitransgaz, de Guennádi Timtchenko; a Crocus Group, de Aras e Emin Agalarov, será a empreiteira geral em Kaliningrado e Rostov-na-Donu, já em Ekaterimburgo a reconstrução ficará a cargo da Sinara Development, de Dmítri Pumpianski.
"Os clientes do projeto são as próprias administrações regionais. Nosso objetivo é fazer com que os estádios encomendados passem pelo crivo da Fifa", disse Mutko.
As administrações regionais responderão pessoalmente pelos estádios.
Experiência brasileira
As autoridades russas asseguram que analisaram cuidadosamente a experiência brasileira na preparação para a Copa de 2014 e que farão todo o possível para evitar eventuais erros cometidos pelo país.
"Meus colegas da comissão organizadora passarão todo o período da Copa no Brasil e aprenderão com a experiência local. Também organizaremos um amplo programa para nossas regiões com os respectivos representantes das diferentes regiões do Brasil”, disse o presidente da comissão organizadora do Copa 2018 na Rússia, Aleksêi Sorókin.
"Um dos principais problemas do futebol russo é a infraestrutura", disse à Gazeta Russa o secretário-geral da União de Futebol da Rússia, Anatóli Vorobiov.
Depois dos Jogos Olímpicos de 1980, foi construído em Moscou apenas um novo estádio, o Lokomotiv. Agora, os clubes de Moscou têm que jogar no Khímki e Ramênskoie, nos subúrbios da cidade.
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