Sótnikova desponta como grande promessa na patinação artística

Adelina Sótnikova (dir.) e presidente da Rússia Vladímir Pútin (esq.) Foto: Michael Klimentiev/RIA Nóvosti

Adelina Sótnikova (dir.) e presidente da Rússia Vladímir Pútin (esq.) Foto: Michael Klimentiev/RIA Nóvosti

Em Sôtchi-2014, russa conquistou primeiro ouro olímpico do país na história da patinação artística feminina. Programa complexo e giros bem elaborados desbancaram as favoritas na competição.

Com apenas 17 anos, a patinadora Adelina Sótnikova foi responsável por grandes conquistas da equipe russa nas modalidades esportivas de inverno em Sôtchi-2014. Ninguém previa que a jovem fosse capaz de ultrapassar as principais adversárias e conquistasse a vitória em ambas as apresentações, abrindo-lhe a caminho para o ouro na categoria individual.

Grande parte dos comentaristas internacionais apostava na sul-coreana Iú Na Kim, campeã olímpica dos Jogos em Vancouver em 2010, ou na italiana Carolina Costner, atual campeã mundial, cuja participação das Olimpíadas encerrou sua carreira esportiva. Outra grande promessa era a também russa Iúlia Lipnítskaia, 15 anos, que levou o ouro nas competições em equipe, mas sofreu uma queda e terminou a competição individual em quinto lugar.

Apesar das notas quase idênticas obtidas por Na Kim e Sótnikova, o sucesso da anfitriã deveu-se ao programa complexo e aos saltos e giros bem elaborados, que viraram objeto de análise minuciosa dos profissionais esportivos e representantes da mídia internacional.

Sintonia musical

Apesar de a música do compositor francês Camille Saint-Saëns escolhida para a apresentação da patinação livre da atleta russa não corresponder à sua idade, ela conseguiu adequar a coreografia e o conjunto complexo do programa ao ritmo da composição.

No início, dava impressão que Adelina não entendia o que era preciso fazer para combinar os giros e saltos com o acompanhamento musical, mas, ao decorrer da sua apresentação, a atleta ganhou a confiança e revelou o seu verdadeiro potencial.

“Somos treinadores, portanto, tentamos identificar os mínimos defeitos nas apresentações dos nossos alunos. Mas dessa vez reparei que me sentia encantado com o trabalho da Adelina”, disse Piotr Tchernichev, o criador do programa. “Nunca a vi patinando tão solta e inspirada, e pensei que algo importante fosse acontecer nas próximas horas”, acrescentou, instantes antes da final.

Dança pela vida

Sótnikova começou a praticar patinação artística ainda na infância e logo soube que não conseguiria viver sem o esporte. Quando os jornalistas perguntam sobre a sua principal motivação para manter os ritmos fortes de treinamento, ela é categórica: “É a minha família. Essa foi a minha maior motivação para conquistar o ouro olímpico, sobre o qual eu sonhava desde os meus 12 anos”.

Há muito tempo, a família da atleta vive em uma situação financeira difícil devido à doença congênita da irmã mais nova da atleta, Macha. Na maioria das entrevistas, a campeã olímpica se refere à patinação artística não como a “grande paixão da sua vida”, mas como um trabalho duro para financiar o tratamento da irmã.

Nos últimos anos, Macha passou por três cirurgias caríssimas na Alemanha, sem ter nenhuma garantia de que elas fossem ser as últimas do longo tratamento.

 

Com informações dos veículos Izvéstia e Sport-Express

 

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