Entre as técnicas de autodefesa absorvidas no sambo destacam-se o jiu-jitsu, a luta livre e grego-romana, o boxe inglês e o francês (savate) Foto: RIA Nóvosti
No final de novembro, a cidade de São Petersburgo sediou o Campeonato Mundial de Sambo com um número recorde de participantes. O evento deste ano reuniu 600 atletas de 75 países, e comemorou também o 40º aniversário de seu primeiro campeonato internacional, realizado em Teerã.
O sambo, que surgiu como síntese de diversas técnicas de autodefesa, é a arte marcial mais popular na Rússia. “Hoje em dia, o sambo é praticado por mais de 410 mil cidadãos russos. Se os japoneses são os fundadores do judô, nós somos fundadores do sambo e podemos manter a liderança nessa modalidade durante longo tempo”, diz o presidente da Federação Internacional de Sambo (FIAS), Vassíli Chestakov.
A história oficial dessa arte marcial remonta ao ano de 1938, quando foi publicado o seu primeiro manual, intitulado “A luta sambo”, por Anatóli Kharlampiev. Mas foi o ex-oficial do exército tsarista e veterano de duas guerras – Guerra Russo-Japonesa e a Primeira Guerra Mundial –, Víktor Spiridonov, que fundou o sambo de guerra ainda na década de 1920.
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“A arte de autodefesa ajuda a vencer recorrendo a todos os meios disponíveis (...) e técnicas úteis de outros sistemas”, escreveu Spiridonov, que secretamente ensinava a modalidade aos agentes de serviços secretos soviéticos.
Entre as técnicas de autodefesa absorvidas no sambo destacam-se o jiu-jitsu, a luta livre e grego-romana, o boxe inglês e o francês (savate). Porém, ao contrário do jiu-jitsu e judô, onde “qualquer golpe, inclusive o falho, é considerado válido”, as técnicas do sambo permitem aplicar outro golpe logo a seguir ao falhado.
Desde os anos 1950, o sambo se desenvolveu na URSS como esporte de combate nacional e, a partir de 1973, começaram a ser realizadas competições internacionais no país. Em 1981, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu o sambo como esporte olímpico, mas a modalidade nunca foi incluída entre as categorias do evento internacional.
“Estamos trabalhando agora para que o sambo seja incluído na programação olímpica. Apraz ver que as competições de sambo têm público”, afirma Chestakov. Cabe lembrar que neste ano o sambo estreou no maior evento para atletas universitários, Universíada, realizado na cidade russa de Kazan.
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