Toure, do Manchester City, sugeriu boicote ao evento após ser alvo de gritos racistas de torcedores do CSKA Moscou na semana passada Foto: RIA Nóvosti
A Rússia sediará a Copa de 2018, apesar das manifestações de racismo no futebol nacional, anunciou o presidente da Fifa, Sepp Blatter, neste domingo (27).
“Nunca dissemos que a competição seria levada para outro país. Isso é impossível'”, disse Blatter.
“O boicote nos esportes raramente é solução para qualquer problema”, disse ele. “Mas todo país deve seguir a resolução tomada pelo Congresso da Fifa nas Ilhas Maurício em maio e assumir uma política de tolerância zero em relação ao racismo.”
O meia marfinense Yaya Toure, do Manchester City, disse na semana passada que os jogadores negros deveriam considerar o boicote ao torneio depois de ter ouvido gritos racistas de torcedores do CSKA Moscou durante uma partida da Liga dos Campeões, na capital russa.
Blatter declarou estar determinado a erradicar o racismo do futebol, mas acrescentou que a Fifa não pode ser a polícia do mundo. “Os comitês responsáveis devem seguir as regras da Fifa e aplicar uma política de tolerância zero quando houver casos de racismo em jogos controlados por eles”, continuou.
O caso da semana passada foi, pelo menos, o sexto incidente racista na Rússia nos últimos cinco anos. O brasileiro Roberto Carlos já foi alvo de bananas enquanto jogava pelo Anji em 2011.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
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