Depois do empate com o Azerbaidjão, a equipe russa garantiu sua presença na Copa do Rio Foto: Mikhail Sinitsin / RG)
O recente empate de 1 a 1 com o Azerbaijão traz a Rússia de volta ao torneio mais importante do futebol internacional. O país ocupa, hoje, o primeiro lugar no grupo F e tem o passaporte carimbado para o Brasil.
Para uma nação tão grande, essa conquista não parece muito importante. No entanto, vale lembrar que a última vez que os russos disputaram a Copa do Mundo foi em 2002, nos campos do Japão e Coreia do Sul.
Daquele time, apenas o atacante Aleksandr Kerjakov, 30 anos, ainda permanece na seleção. Para os outros líderes da atual equipe russa como, Roman Chirókov, Serguêi Ignachevich e Igor Akinfeev, o próximo campeonato mundial será o primeiro e, provavelmente, o último em sua carreira esportiva.
A conquista também é mérito do treinador italiano Fabio Capello, 67 anos, que, em um único ano, conseguiu reformular a seleção nacional. Os resultados objetivos recentemente até fizeram com que o ministro dos Esportes russo, Vitáli Mutkó, pensasse em renovar o contrato com o treinador até 2018, quando a Rússia sediará a Copa do Mundo.
“Ele é um especialista de alto nível e mostrou excelentes resultados em todos os lugares onde trabalhou, inclusive na Rússia”, defende Leonid Slútski, treinador do atual campeão da Rússia, o CSKA Moscou.
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Welliton, do Spartak Moscou, acerta empréstimo com o São PauloPorém, de acordo com Evguêni Lóvtchev, melhor jogador da URSS em 1972, a seleção teve um desempenho medíocre na fase de grupos, apesar de garantir sua volta ao campeonato. “De modo geral, não fiquei impressionado com a atuação do time comandado por Capello. Não me ocorrem outros jogos brilhantes, a não ser a partida contra Israel vencida por 4 a 0. Muitos dos jogadores estão atuando abaixo de suas potencialidades e podem ficar à margem da fase final da Copa do Mundo”, diz Lóvtchev.
Capitão-polêmica
Após o fracasso na Euroсopa 2012, a seleção russa também ganhou um verdadeiro capitão, capaz de levar a equipe ao ataque, fazer gols e dar o tom do jogo. Seu nome é Roman Chirókov, o meia-atacante do Zenit São Petersburgo conhecido pelo envolvimento em situações controversas.
Além de ter uma péssima relação com a torcida, briga sempre com comentaristas e assume uma posição social ativa. A conta de Chirókov no Twitter conta com mais de 200 mil assinantes, seu rosto aparece nas capas de revistas importantes, e suas entrevistas são até publicadas em edições especializadas em assuntos políticos. Mas seu trabalho no campo não é menos importante.
A assistência de Chirókov no jogo em casa contra Portugal permitiu ter esperança de que a Rússia pudesse tomar a dianteira entre os semifinalistas da última edição da Copa do Mundo, enquanto seu gol contra o Azerbaijão garantiu aos russos uma vantagem sobre seus concorrentes.
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