De Moscou a Sôtchi, tocha olímpica percorrerá mais que 65 mil quilômetros Foto: AP
O revezamento da tocha olímpica de Sôtchi-2014 teve início no último domingo (6) em Moscou, prometendo cumprir o maior trajeto da história. No entanto, logo nas primeiras horas, a tocha se apagou nas mãos do campeão mundial de nado subaquático Chavarch Karapetian e, apesar de reacendida às pressas, o problema voltou a acontecer.
2012: tocha olímpica de Londres se apagou durante o ensaio
2008: tocha olímpica de Pequim falhou quatro vezes durante o trajeto em Paris em consequência dos protestos de manifestantes pró-independência do Tibete
2004: tocha olímpica de Atenas se apagou várias vezes devido a rajadas de vento
1976: tocha olímpica de Montreal não resistiu a fortes chuvas
Na segunda-feira passada (7), a chama olímpica se apagou pela segunda vez durante o trecho próximo ao Kremlin. Um vídeo publicado no YouTube mostra como a chama se apaga no momento em que o portador balança a tocha para cumprimentar o público. No total, o objeto se apagou nada menos que quatro vezes desde sua largada no domingo.
Os autores da tocha haviam garantido a presença de um sistema de segurança para manter a chama acesa em condições meteorológicas difíceis como vento, frio e chuva fortes. “Nossa tocha só pode ser extinta por vontade do homem”, declarou um dos criadores, Andrêi Vodianik, em entrevista ao jornal “Izvéstia” no início do ano.
Meses depois, a frase vem sendo reproduzida e divulgada por blogueiros russos, que chamam a atenção para a incompatibilidade entre as enormes despesas com a produção da tocha e a qualidade do produto final.
O estudante Timur Rakhmizianov, que obteve o direito de carregar a tocha por 200 metros pelas ruas de Vladímir, a 186 km de Moscou, já colocou sua tocha em leilão na internet por um valor mínimo de US$ 500. Segundo ele, o produto está “completamente novo e em bom estado”. Cabe lembrar que todos os portadores recebem de presente a própria tocha e um kit com uniforme olímpico.
Porém, Chavarch Karapetian, 11 vezes recordista mundial em nado subaquático, em cujas mãos a tocha olímpica se apagou pela primeira vez, não encara o incidente como mau presságio. “Nunca fui supersticioso. Se uma rajada de vento apaga a tocha por um momento, isso não é motivo para pensar que uma coisa mística aconteceu”, disse Karapetian ao jornal Gazeta.ru.
A tocha percorrerá mais de 65 mil km por em 123 dias, e passará por quase 3.000 cidades e aldeias até chegar a Sôtchi em 7 fevereiro de 2014, no dia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Com materiais do Gazeta.ru, Izvéstia e RIA Nóvosti
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