Depois da vitória nos 200 metros, Bolt ofereceu aos moscovitas uma dança no estilo russo Foto: ITAR-TASS
Como um relâmpago
Do homem mais rápido do mundo, o jamaicano Usain Bolt. Nem os adversários nem as condições meteorológicas o impediram de vencer os 100 metros. Bolt não deu qualquer chance à concorrência, mesmo sob relâmpagos e chuva torrencial. O atleta jamaicano foi também o mais rápido na sua distância preferida, os 200 metros, e depois da prova ofereceu aos moscovitas uma dança no estilo russo.
https://www.youtube.com/watch?v=L7FaGt_7-Vg#at=17
Bolt partiu de Moscou com oito títulos de campeão mundial e os seus planos não são menos ambiciosos dos que os concretizados até aqui. “Não conto as medalhas que ganhei, simplesmente procuro alcançar o que ninguém ainda alcançou. É por isso que quero estar no Rio. O meu sonho era me tornar uma lenda, o que consegui nos Jogos Olímpicos de Londres. Quero me manter invencível”, disse.
Despedida polêmica
Elena Issinbáeva não atingiu o seu 28º recorde mundial, mas, mesmo assim, levou a plateia em Moscou ao êxtase com o seu salto de 4,89 metros. “Queria fazer uma boa marca, e consegui um resultado que me deu a medalha de ouro. Se não regressar à competição, sei que abandonei a vara de consciência tranquila. Essa vitória é a mais preciosa da minha carreira”, declarou a atleta. Uma pena que a comemoração que tenha terminado na infeliz declaração em apoio à lei antigay russa.
Hino próprio
As atletas russas não conseguiram segurar a emoção depois de vencer o revezamento 4x400. Antonina Krivochapka, que percorreu o último trecho, não conteve as lágrimas ao conversar com os repórteres. “Nos últimos anos, não fomos além de terceiro e segundo lugar, ainda que tivéssemos uma forte vontade de ganhar. Corri muitas vezes esse revezamento e subi ao pódio, mas sempre ouvindo o hino das outras. Enfim ouvi o nosso e em nossa casa”, disse.
Chegada dupla
Elena Lachmánova, campeã olímpica de Londres, quase perdeu o ouro na marcha de 20 km por causa de um erro lamentável. Depois de ultrapassar a linha de meta, a atleta parou, esquecendo que faltava dar mais uma volta. Sua sorte foi que a informaram a tempo, e o lapso não se converteu em tragédia.
Felicidade explícita
Muitos atletas exprimiram os seus sentimentos abertamente. O alemão Robert Harting, vencedor do lançamento do disco, rasgou o uniforme logo depois da vitória – embora não fosse a primeira vez que estivesse fazendo isso. Ezekiel Kemboi, por sua vez, se enrolou na bandeira do Quênia e executou uma dança tradicional do seu país após vencer a prova de obstáculos.
Revelação
O Mundial de Atletismo em Moscou foi um pesadelo para muitos dos favoritos. Mas esses lamentáveis insucessos também foram compensados com agradáveis surpresas. Uma delas foi a do saltador à distância Aleksandr Menkov, 22 anos, que não só se tornou o novo campeão mundial, com um salto de 8,56 metros, como bateu por duas vezes o recorde da Rússia. “Na minha última tentativa, fiz um bom salto; o problema é que estava tão emocionado, com tanta adrenalina no sangue, que não controlei a corrida. Apesar disso, tenho a certeza de que um dia conseguirei fazer o meu salto ideal, que se aproximará do recorde do mundo”, disse o jovem atleta.
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: