Rússia realizará o mundial de futebol mais caro da história

Copa do Mundo 2018 será realizada em 12 estádios espalhados por 11 cidades russas Foto: Mikhail Mordassov

Copa do Mundo 2018 será realizada em 12 estádios espalhados por 11 cidades russas Foto: Mikhail Mordassov

Governo russo vai gastar cerca de US$ 21 bilhões em instalações da Copa de Mundo 2018.

Os campeonatos mundiais de futebol reúnem nos estádios e telas de TV um terço da população do planeta. No ano de 2018, cerca de 2 bilhões de pessoas estarão assistindo atentamente aos eventos em 11 cidades da Rússia, que ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo seguinte à do Brasil.

A Rússia está acostumada a realizar eventos em escala global com muito pompa. Em 2014, os Jogos Olímpicos de Inverno, em Sôtchi, consumirão no total US$ 50 bilhões. A título de comparação, Londres 2012 custou para os  britânicos US$ 14,3 bilhões dos US$ 9,5 bilhões estimados inicialmente.

O orçamento da Copa do Mundo 2018 promete entrar novamente na liderança das avaliações: é previsto um gasto total de aproximadamente US$ 21 bilhões. A agência de avaliação Standard & Poor’s afirma que O campeonato mundial na África do Sul em 2010 teve um custo total de US$ 6 bilhões, e o evento de 2014, no Brasil, passou dos US$ 9 bilhões para US$ 13,6 bilhões.

O orçamento federal alocará US$ 10,2 bilhões para o campeonato mundial, e o restante do dinheiro será repassado pelos orçamentos regionais. O governo russo também conta com os investidores privados para a criação de infraestrutura, como hotéis e outras instalações.

“Um evento desse nível representa mais uma oportunidade de atrair investimento privado”, o primeiro-ministro do país, Dmítri Medvedev. “Devemos fazer todo o possível para criar uma infraestrutura de turismo no país. Afinal, a Copa do Mundo de Futebol vai superar os Jogos Olímpicos em número de visitantes.”

Estádios bilionários

Os jogos da Copa do Mundo 2018 serão realizados em 12 estádios espalhados por 11 cidades russas: Moscou, Kaliningrado, São Petersburgo, Volgogrado, Kazan, Nijni Novgorod, Samara, Saransk, Rostov, Sôtchi e Iekaterinburgo.

Grande parte dos recursos será destinada à reconstrução dos estádios existentes e à construção de 12 novas arenas, bem como para a criação de 113 quadras de treinamento para as equipes participantes.

Sôtchi, Kazan, Saransk, São Petersburgo e Moscou são as cidades que ganharão novos estádios. As instalações de Kazan e Sôtchi serão entregues em primeiro lugar, e logo terão sua estreia na Universíada 2013 e nos Jogos Olímpicos 2014. O custo total de cada instalação ficará em torno de US$ 455,8. O ministro dos Esportes russo, Vitáli Mutko, prometeu que não só irá supervisionar pessoalmente os orçamentos, como os gastos poderão ser acompanhados on-line pelos cidadãos.

Além da construção de instalações esportivas, o vice-primeiro-ministro Igor Chuvalov anunciou ainda o valor de US$ 911,6 milhões para garantir a segurança dos convidados e participantes do campeonato.

Construir ou reformar?

A construção do estádio Zenit, na ilha de Krestovski, em São Petersburgo, começou em 2007 e desde então é o motivo de ansiedade para o ministro Vitáli Mutko e os organizadores do torneio. A nova arena de São Petersburgo poderá receber 68 mil pessoas durante os jogos, mas sua capacidade máxima é de 84 mil espectadores.

No entanto, a estimativa de gastos já aumentou mais de uma vez – agora fala-se em um custo de 1 bilhão – e o término da construção foi transferido várias vezes, embora os envolvidos prometam finalizar o projeto em meados de 2016.

Por outro lado, as autoridades da capital ainda não definiram o que fazer com o estádio Lujniki, em Moscou. A arena construída na época de Stálin tem três opções para “continuar a sua carreira”: demolição, reconstrução em grande escala ou reforma parcial.

A Fifa apoia a demolição da arena e a construção de um novo estádio em seu lugar, mas autoridades de Moscou estão inclinadas a manter o edifício histórico-arquitetônico. Citado pelo Gazeta.Ru, o diretor-geral do Complexo Olímpico Lujniki, Aleksandr Pronin, disse que o valor do projeto para reforma parcial chegaria a US$ 1 bilhão.

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