Dois eventos mundiais reforçam importância da Rússia no circuito internacional de xadrez Foto: ITAR-TASS
Não é à toa que a cidade siberiana de Khanti-Mansisk está recebendo o campeonato mundial de xadrez rápido. “Há oito anos, quando as autoridades locais entraram com pedido para realizar o Campeonato Mundial de Xadrez, os membros do conselho diretivo da Federação Internacional de Xadrez (FIDE) não tinham informações sobre a região”, conta o presidente da FIDE, Kirsan Iliumjinov. “Hoje em dia é provável que não haja nenhuma pessoa no mundo do xadrez que não tenha ouvido falar dessa cidade.”
Desde então, Khanti-Mansisk sediou as competições das Copas do Mundo em 2005, 2007, 2009 e 2011. Além disso, em 2010 foi realizada na cidade a 39a Olimpíada Mundial de Xadrez e, em 2012, o Campeonato Mundial feminino.
O Campeonato Mundial de xadrez rápido e blitz, por sua vez, teve sua primeira edição no ano passado, em Astana, capital do Cazaquistão. Na ocasião, a primazia era dos grandes mestres russos: no xadrez rápido, o mais forte foi Serguêi Karjakin e no blitz, Aleskandr Grischuk. Em 2013, o armênio Levon Aronian e o russo Aleksandr Morozevitch são os grandes favoritos à vitória.
As particularidades do blitz e do xadrez rápido tornam essas modalidades exclusivas dentro do universo do xadrez. Enquanto no jogo de xadrez rápido são concedidos apenas 15 minutos para todos os lances da partida, o controle do tempo no blitz é ainda mais rigoroso: apenas três minutos para a partida e dois segundos de bônus para cada lance.
Interatividade à prova
O Memorial de Mikhail Tal, que começará
em Moscou a partir do dia 12, promete ser ainda mais representativo. Realizado
desde 2006, o torneio recebeu esse nome em homenagem ao famoso enxadrista
soviético.
Entre os participantes da próxima competição, estão Viswanathan Anand, atual campeão mundial, e Serguêi Karjakin, que é atualmente considerado o grande mestre do xadrez na Rússia. Aliás, Karjakin chegará em grande forma para o torneio de Moscou, depois de ganhar o super torneio em Stavanger, na Noruega.
Serguêi Karjakin Foto: ITAR-TASS
“Para mim, o mês passado acabou sendo muito bem sucedido”, ressaltou o jogador em uma conversa com o correspondente do jornal “Rossiyskaya Gazeta”. “Não é sempre que se consegue ultrapassar, de uma só vez, Viswanathan Anand e Magnus Carlsen; além disso, pela primeira vez ganhei de Levon Aronian no xadrez clássico. Mas a euforia do sucesso já passou. É preciso olhar adiante.”
O jogador que conseguir um bom desempenho na classificação geral do Grand Prix ganhará o direito de jogar no torneio dos pretendentes à coroa mundial.
“É evidente que o xadrez está retomando a sua antiga popularidade”, acrescentou Karjakin. “No torneio em Stavanger, as pessoas faziam fila para comprar um ingresso. Quero acreditar que acontecerá o mesmo em Moscou.
A entrada para o Memorial é gratuita. Para tornar a competição mais interativa, os organizadores permitirão aos torcedores fazer perguntas aos especialistas durante o desenrolar das partidas.
Com material dos jornais Kommersant e Rossiyskaya Gazeta
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