Vice-campeã olímpica Viktoria Komova está longe dos compeonatos por causa de uma distensão muscular nas costas Foto: Corbis/FotoSA
O Campeonato Europeu de Ginástica Artística de 2013, realizado em Moscou entre os dias 17 e 21 de abril, foi o primeiro torneio pós-olímpico para as ginastas russas. Na competição, Alia Mustáfina venceu a romena Larisa Iordache, enquanto David Beliavski bateu o britânico Max Whitlock. No total, foram seis medalhas de ouro e quatro de bronze, deixando para trás, na contagem geral de medalhas, países como Reino Unido, Ucrânia, Romênia, Suíça e França.
Para Mustáfina, esse torneio foi muito especial. Há dois anos, no Campeonato Europeu Individual, em Berlim, a ginasta russa, então campeã mundial absoluta, sofreu uma grave lesão no joelho ao executar o salto sobre o cavalo. Como resultado, Mustáfina ficou fora das provas até as Olimpíadas de Londres, quando conquistou um número recorde de medalhas: uma de ouro, uma de prata e duas de bronze.
No torneio de Moscou, a lesão já era a coisa do passado. “Não pensava mais em minha lesão antes de fazer o salto nem tinha medo de saltar”, disse Mustáfina aos jornalistas. “Mesmo assim, tive dificuldade em executar os exercícios. Por isso, tenho elogios e críticas a minha performance.”
Após vencer o individual, Mustáfina foi a melhor na prova de barras assimétricas, aparelho que havia lhe rendido o ouro nas Olimpíadas de Londres. Contudo, a ginasta não conseguiu destaque na disputa de exercícios de solo, por causa das dores nas costas e no joelho lesionado.
Em entrevista à Gazeta Russa, a bicampeã olímpica e três vezes campeã mundial absoluta Svetlana Khorkina disse que, mesmo com algumas vitórias no evento, o torneio europeu não demonstrou que a Rússia é a mais forte do mundo na ginástica.
“Eu esperava que o time russo conquistasse o lugar mais alto do pódio na disputa do concurso individual geral feminino. Mas, a julgar pela forma em que nossas ginastas estão e pela sua atuação, acho que elas não podem atuar em nível mundial”, disse a bicampeã olímpica.
“Aconteceu o que há muito se temia: nossos atletas não têm sucessores dignos. Qualquer lesão ou circunstância de força maior podem impedir a Rússia de colocar uma equipe plena. É preciso resolver esse problema o mais rapidamente possível, antes das Olimpíadas de 2016 vai passar muito rápido”, acrescentou Khorkina.
Cabe lembrar que a vice-campeã olímpica de Londres do individual geral, Viktoria Komova, continua fora das competições por causa de uma distensão muscular nas costas.
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