Quase 15 mil restaurantes, cafés, cantinas e bares foram fechados na capital russa e na região de Moscou como uma das medidas para conter a propagação do coronavírus, segundo a Federação de Restauranteurs e Hoteleiros da Rússia.
De acordo com as estatísticas da federação, no início de março os rendimentos de restaurantes diminuíram entre 30% e 60% em termos anuais, e, no final do mês, caíram 90%.
O presidente da federação, Ígor Bukharov, disse ao jornal econômico russo Vedomosti, que até 90% dos restaurantes de Moscou podem não voltar a abrir após o término da quarentena. "A indústria está esperando um período de grande depressão", disse.
Diversos restaurantes e bares estão fechando, enquanto outros buscam canais de venda adicionais, como a entrega de refeições.
Segundo um dos maiores serviços de entrega de produtos alimentares russo, o Delivery Club, no final de março o número de novos clientes do serviço cresceu 33%.
Falta de ajuda estatal
Os restauranteurs russos já pediram ao primeiro-ministro, Mikhaíl Michústin, que o governo ofereça medidas de apoio, que já foram alocadas a pequenas e médias empresas, segundo a agência RIA Nôvosti.
A carta ao premiê foi assinada pelo presidente da federação, Ígor Bukharov, pelo fundador da rede de restaurentes de comida típica russa Teremok, Mikhaíl Gontcharov, e pela fundadora da rede de cafés AnderSon, Anastassía Tatúlova.
"Formalmente, não sendo pequenas e médias empresas, estamos de fora das medidas que já foram anunciadas. Por isso, pedimos que as grandes empresas do setor de restaurantes sejam incluídas na lista de recipientes da ajuda", lê-se na carta ao governo russo.
"Devido à queda do volume de negócios em 50% a 80% e à subsequente suspensão das atividades, já temos um enorme déficit de caixa e simplesmente não temos recursos para pagar salários, impostos, devolver empréstimos ou investir em outras atividades", lê-se na carta.
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