Governo russo quer investir até 25% do PIB no país

Economia
DMÍTRI GOLUB
Segundo premiê, sem isto será impossível alcançar o crescimento econômico necessário.

O governo russo aprovou um plano do Ministério do Desenvolvimento Econômico para aumentar a participação dos investimentos em ativos fixos a 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Esta é uma tarefa difícil que poderá ser executada ao longo de anos, mas sem isto será impossível alcançar o crescimento econômico necessário", declarou o primeiro-ministro russo, Dmítri Medvedev durante reunião com ministros.

Segundo o plano do Ministério do Desenvolvimento Econômico, o plano será dividido em quatro blocos principais.

Em primeiro lugar, o governo vai tomar medidas sistemáticas para melhorar o clima de investimentos e reduzir as despesas de empresas.

"A ideia é tornar o ambiente de negócios mais estável e confortável para os investidores privados. É preciso criar condições macroeconômicas e apoiá-los no futuro para garantir a transparência dos impostos”, disse Medvedev.

Em segundo lugar, o governo terá que resolver problemas infraestruturais, considerados os principais obstáculos para o investimento estrangeiro.

"Não poderemos, porém, resolver os problemas de infraestrutura apenas com dinheiro do Orçamento. É necessário atrair investidores privados e, caso necessário, ajustar a legislação para que tenhamos mais oportunidades de participar em projetos de parcerias público-privadas”, disse o premiê russo.

Em terceiro lugar, a economia do país precisará de um ambiente competitivo saudável. Esta parte do plano prevê uma redução gradual da participação governamental em mercados competitivos, inclusive por meio de restrições legalmente fixadas à criação de estruturas estatais.

Finalmente, o quarto bloco é dedicado ao financiamento de investimentos. O capital para investimentos de longo prazo também deve se tornar mais acessível para pequenas e médias empresas, segundo Medvedev.

“No futuro, devemos estabelecer indicadores para os ministérios que avaliarão a eficiência da atração de investimentos e de medidas setoriais”, completou o premiê.


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