Consumo na Rússia cresce junto a empréstimos

Relatório elaborado por economistas chegou à conclusão de que russos não querem economizar.

Relatório elaborado por economistas chegou à conclusão de que russos não querem economizar.

Aleksander Riumin/TASS
País tem indícios de que a crise econômica terminou, com investimentos crescendo por diversas regiões.

O volume de negócios no varejo começou a aumentar na Rússia no segundo semestre de 2017, assim como os empréstimos, de acordo com a pesquisa “Monitoramento mensal da situação socioeconômica da população”, realizada pela Academia Presidencial de Economia Nacional e Administração Pública da Rússia.

“Está claro que, para a população, a crise ainda não chegou ao fim. No entanto, os russos já estão cansados de economizar, e, no segundo semestre deste ano, o volume de negócios no varejo começou a aumentar. Os russos passaram a gastar mais dinheiro porque pegaram mais empréstimos bancários”, lê-se no relatório.

Segundo os autores da pesquisa, o governo russo conseguiu frear a recessão, mas o fim da crise econômica não é perceptível à população devido à contínua queda das receitas monetárias. “Mas o otimismo do consumidor está crescendo”, explica-se no documento.

Outra prova de que crise chega ao fim está no aumento dos investimentos verificado no primeiro semestre deste ano. A alta foi de 4,8%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O crescimento  extraordinário, porém, deve-se aos subsídios de cada região: no desenvolvimento de infraestrutura possibilitado pelo enorme orçamento de Moscou, na produção de petróleo e gás nas principais regiões extratoras, como o distrito autônomo de Khânti-Mânsi e de Iamalo Nenets, por exemplo.

A capital recebeu 19% mais investimentos neste ano que no mesmo período do ano passado.

“O aumento mais acentuado dos investimentos foi registrado na Crimeia, com uma alta de 200% a 300%, principalmente graças a recursos orçamentários destinados ao desenvolvimento de infraestrutura local, e na região da Iakútia, de 60%, graças ao desenvolvimento de novas jazidas de petróleo e gás e à construção de um gasoduto. Metade do país, porém, ainda vive uma recessão nos investimentos", conclui o relatório.

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