Pútin: "Já podemos afirmar que uma nova fase de recuperação econômica começou".
ReutersO presidente russo Vladímir Pútin anunciou que o investimento estrangeiro continua a crescer no país desde o início de 2017. A declaração foi feita durante o 21º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que terminou no último sábado (3).
"No primeiro trimestre de 2017, os investimentos estrangeiros diretos na economia russa ultrapassaram os US$ 7 bilhões. Este é o melhor indicador dos últimos três anos", disse Pútin.
O PIB (produto interno bruto) da Rússia começou a crescer no terceiro trimestre de 2017. Em abril de 2017, o aumento foi de 1,4%, segundo o presidente.
"Já podemos afirmar que uma nova fase de recuperação econômica começou. O aumento nas vendas de carros e nos empréstimos hipotecários são os principais indicadores dessa recuperação”, disse Pútin.
Atraente
Segundo um estudo divulgado em 1° de junho pela empresa de consultoria Ernst & Young (E&Y), a Rússia subiu para o 7º lugar entre os países europeus mais atraentes para os investidores estrangeiros.
Em 2016, o número de projetos em território russo com participação de capital estrangeiro aumentou para 205, o maior indicador desde o ano de 2005.
O número de transações envolvendo capital estrangeiro também aumentou 61%, em comparação com os indicadores de 2015.
Assim, a Rússia ultrapassou a Bélgica, que caiu de sexto para oitavo lugar no ranking dos mais atraentes para o capital estrangeiro.
Quem investe
Alemanha e Estados Unidos são os investidores que mais injetam capital na Rússia.
"Em 2016, o número de projetos com participação alemã aumentou quase 20%: de 36 para 43, enquanto o número de projetos norte-americanos subiu 31%, chegando a 38”, afirma Aleksandr Ivlev, gerente associado da Ernst & Young Russia.
A porção ocidental da Europa continua a ser o principal investidor na economia russa. Em 2016, 98 projetos lançados na Rússia foram encabeçados por investidores dessa região (em 2015, foram 100 projetos).
A Rússia também tem um grande potencial para atrair investimentos da Ásia e do Oriente Médio, segundo Artur Parfiêntchikov, governador interino da República da Carélia, região russa que faz fronteira com a Finlândia.
“Neste ano, o investimento continuará a crescer em uma proporção de 20% a 30%. Temos um grande mercado interno, com enorme potencial . E a Rússia está mais atraente graças ao aumento nos preços do petróleo, ao rublo mais estável e à redução das barreiras administrativas”, disse Parfiêntchikov no fórum.
"Devido à volatilidade da taxa de câmbio do rublo, aos riscos geopolíticos e à alta inflação, os investidores evitaram negócios na Rússia, temendo perder capital", explica o analista da consultoria “Finam”, Timur Nigmatúllin.
Pouco a pouco, a situação começou a voltar ao normal, e os investidores começam a prestar atenção novamente ao mercado russo.
“A China e os países árabes, porém, ainda não se correm para investir grandes quantias na Rússia”, completa.
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