Em janeiro, ministro das Finanças pediu contenção de fortalecimento do rublo para proteger exportadores.
Denis Rogulin/TASSNa última terça-feira (14), a cotação do dólar na Bolsa de Moscou caiu para menos de 58 rublos, o menor valor verificado nos últimos dois anos.
O valor da moeda russa sempre dependeu diretamente dos preços do petróleo. Agora, porém, um fortalecimento do rublo ocorre de maneira independente do preço do petróleo, cujo valor permanece praticamente inalterado desde o início do ano - em 3 de janeiro, o barril de Brent custava US$ 55,7, enquanto em 13 de fevereiro estava em US$ 55,6.
Para o diretor do banco BKS Ultima, Stanislav Nôvikov, a cotação do rublo atualmente é bastante influenciada por novos fatores macroeconômicos e geopolíticos.
"A possibilidade do levantamento das sanções e as altas taxas de juros em rublos aumentam o interesse de investidores estrangeiros pela liquidez da moeda russa", diz.
Segundo ele, isso leva a um aumento nos investimentos em obrigações russas, cujo rendimento é muito maior do que o dos ativos de renda fixa no exterior.
O analista da empresa de investimentos Finam, Bogdan Zváritch, acredita que a taxa do rublo seja afetada também pelas ações de empresas de exportação.
Essas estão vendendo moedas estrangeiras para aumentar suas reservas de rublos – as quais, no futuro, serão usadas para pagar os impostos.
“Como resultado, a oferta de moedas estrangeiras no mercado é excessiva, o que permite ignorar a dinâmica dos preços das matérias-primas", diz Zváritch.
O ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, afirma que um rublo com cotação alta afeta os exportadores, que gastam principalmente nessa moeda. Assim, o ministro clamou por que se evitasse o fortalecimento da moeda nacional no Fórum Econômico Gaidar, no final de janeiro.
A fim de conter o crescimento do rublo, o Ministério das Finanças anunciou, em 25 de janeiro, a compra de moedas estrangeiras pelo Banco Central.
Mas a medida ainda não ajudou a conter o fortalecimento da moeda russa.
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