Melhora das condições econômicas a partir de 2017 não deve se refletir nos indicadores sociais
Shutterstock/Legion-MediaO Banco Mundial reduziu as previsões para o PIB da Rússia em 2016, com uma queda de 1,9% em vez do 0,7% previsto anteriormente, segundo um relatório da organização internacional publicado no último dia 6. Além disso, em 2017, a economia russa deverá crescer 1,1%, e não 1,3%, como se previa antes.
Ao apresentar o relatório durante coletiva de imprensa, a economista-chefe do Banco Mundial para a Rússia, Birgit Hansl, declarou que a previsão é baseada na futura desvalorização do rublo ao longo deste ano.
O cenário pessimista do Banco Mundial sugere ainda a queda dos preços médios do petróleo para US$ 30 por barril em 2016, o que faria com que a economia russa encolhesse 2,5%. A expectativa para 2017, porém, é que o preço da commodity cresça para US$ 40 por barril e, em 2018, atinja US$ 45.
Se as avaliações do órgão internacional se confirmarem, o aumento do preço do petróleo promoverá um crescimento de 0,5% do PIB russo em 2017, e de 2% em 2018.
“Não publicamos as estimativas da queda da moeda russa intencionalmente”, disse Hansl, acrescentando que, em 2017, o rublo começará a se fortalecer ligeiramente. “Em 2016, a inflação na Rússia será de 5,9%”, completou.
No entanto, os economistas russos afirmam que, apesar da melhora prevista a partir do próximo ano, o nível de pobreza no país continuará preocupante, com a deterioração dos indicadores de bem-estar público.
“O crescimento da pobreza previsto em todos os cenários vai ocorrer parcialmente devido ao efeito negativo da redução da renda real em 2015 combinado com a contínua piora da taxas de desemprego”, lê-se no relatório.
Em 30 de março, o Centro de Desenvolvimento da Escola Superior de Economia da Rússia também publicou uma previsão econômica, segundo a qual, entre 2015 e 2019, o PIB russo diminuirá 8,1%. Os especialistas do instituto alegam que a conjuntura atual “impede a saída da atual trajetória de depressão”.
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