Exportações de petróleo saudita cresceram 4,8% no final de 2015
Shutterstock/Legion-MediaA situação no mercado internacional do petróleo e o pedido da Arábia Saudita à Rússia de diminuir a produção do petróleo pautaram a reunião entre representantes das maiores empresas petrolíferas russas e o ministro da Energia Aleksandr Novak na quinta-feira (28). As partes concordaram, porém, que o país não está pronto para reduzir a produção.
“Ao contrário, planejamos aumentar a produção, principalmente nas jazidas que podem gerar um impacto econômico rápido, para aumentar o fluxo de caixa”, disse Mikhail Leóntiev, porta-voz da maior petrolífera russa, a Rosneft.
Atualmente, a Rússia produz cerca de 10,1 milhões de barris de petróleo por dia. Segundo as estimativas da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), em 2016, a produção interna crescerá até atingir 10,74 milhões de barris ao dia.
Os produtores sauditas também não demonstram pressa em cortar a produção. No final de 2015, as exportações de petróleo saudita cresceram 4,8% para 7,7 milhões de barris por dia.
O diretor da estatal Saudi Aramco, Khalid al-Falih, declarou no início desta semana que os baixos preços atuais serão compensados pela demanda. Mais cedo, os representantes da petrolífera previram que os preços subiriam devido à fuga de produtores com custos elevados.
Para os analistas russos, a queda dos preços teria apoio dos sauditas justamente pelo fato de eliminar os projetos com custo elevado, entre eles a produção de óleo de xisto nos Estados Unidos e diversos projetos russos.
“No entanto, se houvesse uma redução simultânea da produção na Rússia e na Arábia Saudita, isso reduziria a produção global em mais de 1%, o que permite compensar o excesso da oferta e até causar escassez de petróleo no mercado mundial”, sugere o analista da empresa de investimento Golden Hills-Capital AM, Mikhail Krilov.
Segundo o especialista, a própria notícia sobre a possível redução da produção de petróleo pode levar a um aumento dos preços da commodity. “Mas, para alcançar a redução dos preços significativa e de longo prazo, é preciso que a Arábia Saudita também corte a produção.”
Publicado originalmente pelo Gazeta.ru
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