Decisão do Fed coloca ponto final em período de taxas de juros quase nulas
APEmbora o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) tenha decidido pela primeira elevação dos juros norte-americanos (entre 0,25% e 0,5%) em uma década, os economistas garantem que a notícia já era esperada, motivo pelo qual o rublo não caiu drasticamente.
“O aumento da taxa básica de juros pode levar à redução de investimentos dos grandes fundos financeiros em mercados em desenvolvimento”, alertou o primeiro vice-presidente do banco central da Rússia, Serguêi Chvetsov. No entanto, segundo ele, o impacto positivo da decisão sobre a economia nacional ocultará potenciais ameaças.
“O principal risco é o aumento da rentabilidade, que desanima grandes fundos de procurar rendimentos no exterior. Mas o mais importante foi receber os comentários sobre o futuro aumento da taxa de 1% em 2016. É muito bom receber um sinal tão claro”, acrescentou.
A presidente do Fed, Janet Yellen, confirmou que, no próximo ano, o regulador planeja elevar a taxa para 1,5%. O movimento será “gradual”, afirmou Yellen, e dependerá da inflação.
Petróleo
O ministro da Economia russo, Aleksêi Uluikaiev, declarou que a decisão do Federal Reserve não terá efeito macroeconômico sobre o país nem influenciará a cotação da moeda nacional. “A economia russa depende não dos mercados financeiros mundiais, mas dos preços do petróleo e das sanções”, reforçou o ministro.
“O aumento gradual da taxa levará ao crescimento dos preços do petróleo e, assim, ajudará a fortalecer o rublo”, diz o economista Ivan Kopéikin, da empresa de investimentos BCS Group, que mantém otimismo quanto à decisão norte-americana.
Após o anúncio do Fed, os preços do petróleo continuaram a cair. O tipo WTI perdeu 4,9% de seu valor e hoje custa US$ 35,58/barril, enquanto o tipo Brent caiu 3,3%, até US$ 36,24/barril.
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