Russian Prime Minister Dmitry Medvedev, left, and Federal Republic of Brazil's Vice President Michel Miguel Elias Temer at a news conference on the results of the 7th meeting of the Russian-Brazilian High-Level Commission on Cooperation that is held in Moscow.
Ekaterina Shtukina / RIA NovostiEm encontro com o vice-presidente Michel Temer na quarta-feira (16), o premiê russo Dmítri Medvedev definiu o Brasil como um parceiro estratégico da Rússia na América Latina, mas defendeu que a aproximação política seja sustentada por comércio e parcerias econômicas.
“Compartilhamos de uma visão semelhante da atual situação nas relações internacionais”, declarou Medvedev em seu discurso de abertura na sétima sessão da comissão russo-brasileira de alto nível, em Moscou.
Temer, por sua vez, reiterou o compromisso de elevar o intercâmbio comercial entre Brasil e Rússia ao patamar de US$ 10 bilhões anuais, contra os US$ 6 bilhões atuais.
No primeiro semestre deste ano, o volume comercial entre os países chegou a US$ 2,5 bilhões. Enquanto as exportações russas para o Brasil cresceram 6,4%, até US$ 1,2 bilhões, as importações de produtos brasileiros diminuíram 15,8%, até US $ 1,3 bilhões.
A maioria das exportações russas é representada por produtos químicos, como fertilizantes, petróleo, borracha sintética. Já o Brasil, fornece matérias-primas e alimentos.
“Recentemente, começamos a transição de fornecimentos diretos de matérias-primas à troca de produtos industriais e de alta tecnologia, o que é muito importante", destacou Medvedev.
Segundo Temer, o Brasil espera também que “as negociações sobre o fornecimento de helicópteros russos sejam concluídas com sucesso em um futuro próximo”.
Moeda de troca
Em meio à instabilidade econômica que atinge ambos os países, as autoridades vêm sondando as possibilidades de mitigar o impacto de choques do dólar e do euro, inclusive por meio do uso de moedas nacionais em acordos bilaterais.
“Isso permitiria evitar problemas com reservas e mitigar as consequências das variações cambiais”, declarou Medvedev.
O vice-presidente brasileiro, porém, ressaltou a necessidade de discutir a questão com os bancos centrais dos países. Temer se comprometeu a realizar uma série de consultas para desenvolver um plano de ação que aumente a eficiência do intercâmbio econômico bilateral.
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