Ideia de criar agência nacional surgiu após Moody’s e Standard & Poor's rebaixarem a classificação do país
PhotoxpressO ministro do Desenvolvimento Econômico russo Aleksêi Uliukaiev anunciou que, até o final de 2015, o país terá uma agência nacional de classificação de risco. O capital social da agência, estimado em US$ 47,48 milhões, será distribuído igualmente entre os investidores.
“O mais importante agora é garantir o capital da agência. Quanto maior o capital, maior a responsabilidade da agência e maior o peso de suas classificações”, disse o ministro.
Fundada por grandes bancos e corporações nacionais, e com apoio do Banco Central da Rússia, a estrutura já teria atraído o interesse de várias instituições financeiras. “Cada fundador da agência receberá até 5% do seu capital.”
O órgão será chefiado pela primeira vice-presidente do Gazprombank, Ekaterina Trofímova, que trabalhou por mais de uma década na agência de classificação de risco internacional Standard & Poors com foco em países em desenvolvimento.
Proposto no início do ano, o projeto de criar um instituto nacional foi temporariamente abandonado em junho, quando o vice-premiê russo Ígor Chuvalov anunciou que o país iria desenvolver uma cooperação com a agência chinesa Dagong Global Credit Rating.
3 contra 1
A ideia de criar uma agência nacional foi aventada após as internacionais Moody’s e Standard & Poor's rebaixarem a classificação do país em meio ao agravamento da situação geopolítica.
Em janeiro, a Standard & Poors rebaixou o rating soberano da Rússia de BBB- para BB+, abaixo do grau de investimento. No mês seguinte, foi a vez da Moody's enquadrar a nota de crédito do país no grau especulativo. A Fitch mantém o rating da Rússia em BBB-.
“Sou cético sobre a ideia de criar uma instituição desse tipo, porque não consigo entender os objetivos da nova agência”, diz o analista da empresa de investimentos UFS IC, Iliá Balákirev.
O principal ativo das agências internacionais de classificação de risco é, segundo os especialistas, a reputação conquistada ao longo de décadas.
“A liderança das três agências norte-americanas no mercado global de classificação se deve à qualidade de suas previsões, provada historicamente”, diz o analista da holding de investimentos Finam, Anton Soroko.
Em longo prazo, porém, o desenvolvimento de uma agência alternativa pode ser útil para outros países além da Rússia. Para isso, a instituição deve servir como uma ferramenta que facilite o acesso de pequenas empresas aos mercados de crédito, segundo Balákirev.
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