Diminuição de custos de empréstimos a empresas promete reaquecer economia
APNa tentativa de melhorar o clima de investimentos no país, o Banco Central da Rússia reduziu a taxa básica de juros de 11,5% para 11% na sexta-feira passada (31). Com a medida, aposta-se na diminuição de custos de empréstimos para empresas e consequente movimentação da economia.
Paralelamente, a redução da taxa tende a estimular o crescimento da inflação, que, em julho, era de 15%, e leva à desvalorização da moeda nacional.
“O balanço de riscos ainda está inclinado para um arrefecimento significativo da economia, apesar de aumento dos riscos inflacionários”, diz o relatório do Banco Central.
Para o ex-vice-presidente do Banco Central, Konstantin Korischenko, a decisão de diminuir a taxa básica de juros nada mais é que um “compromisso” assumido pelo governo.
“O risco de desvalorização do rublo e a inflação não permitem rebaixar a taxa ainda mais. Mas a desaceleração da economia russa exige barateamento de empréstimos”, diz Korischenko.
O analista da empresa de investimentos UFS IC, Aleksêi Kozlov, acredita que a redução da taxa deve atenuar a política monetária, mas alerta para a necessidade de estimular o crescimento econômico e manter a estabilidade do rublo.
No final de 2014, devido à queda drástica da moeda russa em relação ao dólar, o Banco Central elevou a taxa básica de juros de 9,5% até 17%. A intenção era congelar a concessão de empréstimos e diminuir a demanda por moedas estrangeiras.
O processo inverso foi iniciado em março deste ano a fim de brecar a inflação.
“Mas a taxa de inflação anual ainda está em um nível elevado, enquanto o PIB continua a cair. Além disso, os preços do petróleo estão em um nível muito baixo, comercializados a US$ 52,5 por barril”, diz o analista da holding de investimentos Finam, Anton Soroko.
Daqui em diante, a dinâmica da economia russa dependerá, segundo os especialistas, da variação dos preços do petróleo, que determinam a estabilidade do rublo.
“A influência dos preços do petróleo, a guerra das sanções e a falta de reservas na economia não permitem alterar as tendências atuais no crescimento de inflação e na desvalorização do rublo”, diz Korischenko.
Espera-se que, até o fim do ano, a taxa básica de juros caia para 8,5% a 9,5%.
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