Mais de 40% de todas exportações de carne de porco brasileira são destinadas à Rússia Foto: Alamy/Legion Media
De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, os produtores de carne brasileiros esperam que os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) evoluam dos atuais fornecimentos comerciais para a formação de relações de parceria estratégica e criação de empreendimentos conjuntos no setor agropecuário.
“O formato do Brics proporciona possibilidades únicas para a cooperação multilateral baseada em relações de parceria estratégica”, disse Turra à agência Tass, destacando a importância de Rússia e China nas exportações de produtos agrícolas do Brasil.
Turra integra a delegação brasileira que participará da reunião do Conselho Empresarial do Brics, em Ufá, nesta quarta-feira (8). A expectativa é que, durante o encontro, sejam estudadas perspectivas de colaboração e a realização de grandes projetos em comum.
“A criação de empreendimentos conjuntos em vários ramos de agricultura contribuirá para maior estabilidade nos negócios, evitará oscilações bruscas em termos de volume de produção e proporcionará a implementação das tecnologias mais avançadas que os produtores de carne brasileiros têm a seu alcance”, acrescentou o presidente da ABPA.
Os dados da associação brasileira revelam que, durante os primeiros cinco meses do ano, o fornecimento de carne suína para o mercado russo aumentou 20,1%, em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando 73 900 toneladas.
Mais de 40% de todas exportações de carne de porco brasileira são destinadas à Rússia, que também faz parte da lista dos maiores compradores de produtos de avicultura brasileira, ao lado de Arábia Saudita, Japão, China e Emirados Árabes.
Segundo as previsões da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico”, divulgadas na semana passada, o Brasil “continuará sendo principal exportador mundial da produção agrícola” ao longo da próxima década.
Publicado originalmente pela agência de notícias Tass
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