Mesa redonda dedicada às relações econômicas entre a Rússia e a América Latina Foto: Artiom Korotáiev/TASS
Reunidos no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (Spief), representantes do Ministério da Economia da Rússia anunciaram que o país pretende aumentar o volume de exportações para os países da América Latina. Autoridades de ambos os lados participaram de uma mesa redonda para discutir o futuro das relações econômicas.
Likhatchov representou a Rússia em encontro com latino-americanos no Spief-2015 Foto: Artiom Korotáiev/TASS
A reunião teve a presença do ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, o vice-ministro das Relações Exteriores do Chile, Andres Rebolledo, o representante da agência nacional de investimentos da Nicarágua, Laureano Murillo, o presidente do Banco Centro-Americano de Integração Econômica, Nick Rishbis, e Aleksêi Likhatchov, primeiro vice-ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia.
Durante os últimos oito anos, o comércio entre a Rússia e os países da América Latina dobrou. “No entanto, as exportações russas cresceram apenas 1,5 vezes, enquanto as importações de produtos latino-americanos para a Rússia cresceram 2,5 vezes”, declarou Likhatchov. “Queremos intensificar as exportações de produtos russos, especialmente de engenharia mecânica.”
A Rússia abriu recentemente uma representação comercial na Nicarágua e planeja abrir novos escritórios em Honduras, Peru, Venezuela e El Salvador.
Em reunião com chefes de agências de notícias estrangeiras durante o Spief-2015, o presidente russo Vladímir Pútin declarou que a América Latina é uma prioridade para a Rússia e que Moscou fará de tudo para ampliar a cooperação econômica com os países da região.
Ponte chilena
Segundo Tatiana Valovaia, representante da Comissão Econômica Eurasiática, a integração com os países da América Latina no âmbito da União Eurasiática pode desenvolver as relações econômicas de maneira mais eficaz.
“A formação de grupos econômicos regionais não é o caminho para a fragmentação da economia, mas para a criação de uma economia global, que respeitará os interesses de todas as regiões e países do mundo", diz Valovaia.
Durante o fórum, autoridades do Chile e da Comissão Econômica Eurasiática assinaram um memorando de entendimento. A expectativa é que a maior integração permita exportar novos produtos ao mercado latino-americano.
“O Chile é um país economicamente aberto, com mercado livre, que poderia se tornar uma plataforma de entrada dos produtos da União Eurasiática nos mercados dos outros países da América Latina”, diz Felipe Sandoval, presidente da associação SalmonChile. “E os exportadores chilenos poderiam aumentar o fornecimento dos produtos alimentícios à Rússia”.
Proposta de integração econômica e política entre Bielorrússia, Cazaquistão, Rússia, Quirguistão, Tajiquistão e outros Estados pós-soviéticos, com o objetivo futuro de criar uma organização supranacional.
No ano passado, devido às sanções da União Europeia e dos Estados Unidos, a exportação de produtos chilenos à Rússia cresceu consideravelmente: de US$ 643 milhões a US$ 770 milhões.
“Queremos explorar novas possibilidades de cooperação comercial entre os nossos países. Sabemos que a Rússia pode oferecer ao Chile tecnologias interessantes, e nós podemos exportar produtos agrícolas, peixe, queijo, frutas e vinho”, disse Alberto Salas, presidente da Confederação da Produção e Comércio do Chile, às margens do evento.
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