Capital humano está entre temas de destaque do Spief-2015 Foto: Vladímir Smirnov/TASS
Na presente edição do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (Spief, na sigla em inglês), que acontece de 18 a 20 de junho, os participantes terão a possibilidade de debater sobre o uso do capital humano, além de abordar os temas tradicionais que compõem o conceito do programa todos os anos – economia global e seus desafios, aspectos atuais da economia russa e novas tecnologias.
Cerca de mil empresas, das quais 440 são estrangeiras, confirmaram presença no fórum deste ano, superando, assim, os números registrados no evento de 2014 (vide quadro). Entre os participantes estão não apenas representantes do empresariado europeu e norte-americano, mas também árabes e da região Ásia-Pacífico.
Por causa do conflito ucraniano, os gestores das principais empresas norte-americanas e europeias se recusaram a comparecer ao fórum em 2014. No total, 16 representantes da elite empresarial mundial, incluindo executivos da Boeing, Goldman Sachs, Siemens e Phillips, aderiram ao boicote. Mesmo assim, o Spief-2014 contou com a presença de 7.500 participantes e resultou na assinatura de 175 acordos, movimentando US$ 7,5 bi.
Países como China, Indonésia, Malásia e Japão estão, inclusive, entre os exemplos da região Ásia-Pacífico que cada vez mais demonstram interesse pelo fórum. Em 2014, o número de participantes asiáticos no fórum de São Petersburgo duplicou – tendência que foi mantida também este ano.
“O fórum é um evento que se constrói sempre em torno dos participantes. Por isso, é importante a forma como os especialistas avaliam a discussão em todos os níveis e se conseguiram expressar os seus pontos de vista”, afirmam os organizadores.
História do Spief
A primeira edição do Fórum de São Petersburgo, realizada em 1997, teve um caráter mais local, embora estivessem presentes mais de 1.500 representantes de 50 países.
No ano seguinte, o evento recebeu um impulso com a criação do fundo internacional para arrecadar verbas. Também em 1998, o então futuro ministro do Desenvolvimento Econômico e atual presidente do Sberbank, Guêrman Gref, passou a liderar a organização do fórum.
Em 2005, o SPIEF recebeu pela primeira vez a visita do presidente russo Vladímir Pútin e, com isso, ganhou o status de evento presidencial. Essa tradição se manteve também durante a presidência de Dmítri Medvedev, que discursou no fórum entre 2008 e 2012.
Ao longo dos anos de realização do SPIEF, também não faltam declarações polêmicas. Na edição de 2008, por exemplo, o vice-premiê russo Igor Chuvalov declarou que, nos últimos 300 anos, o desejo de superar o Ocidente tem sido uma obsessão da elite política e intelectual russa.
Isso teria resultado, segundo o vice-premiê, em “formas de imitação não muito bem-sucedidas da economia nacional e em um estilo de vida estrangeiro que condenou o país ao atraso”. Após esse discurso, Chuvalov levou uma advertência de Pútin.
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