Segundo Nikifôrov, uma das prioridades do grupo deve ser o apoio a desenvolvedores nacionais Foto: RIA Nóvosti
O governo russo propôs aos parceiros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) organizar a cooperação entre os cinco países no campo da tecnologia da informação, declarou o ministro das Comunicações russo, Nikolai Nikifôrov, durante visita ao Brasil, concluída na sexta-feira passada (17).
“O tema central das conversações na capital brasileira foi a preparação para a o estabelecimento de uma cooperação entre os Brics na área de tecnologias de informação”, disse o ministro russo, acrescentando que o homólogo brasileiro, Ricardo Berzoini, havia apoiado a ideia de realizar encontros regulares dos ministros das Comunicações dos Brics.
A proposta de encontros regulares entre os chefes da pasta já havia sido proposta pelos ministros da China e Índia. “Pretendo em breve visitar a África do Sul e creio que nosso colega sul-americano irá se manifestar em favor da iniciativa”, acrescentou Nikifôrov.
O formato de trabalho do encontro de ministros das Comunicações dos Brics se submeterá à aprovação dos presidentes dos cinco países durante a próxima cúpula do grupo em Ufá, em julho deste ano.
Democratização tecnológica
A expectativa é que a primeira reunião do Brics com foco em tecnologia de informação aconteça em outubro deste ano. “A agenda será bem extensa, envolvendo questões sobre a eliminação da ‘desigualdade digital’, desenvolvimento de tecnologias modernas, utilização do espectro de radiofrequências (...) e a chamada desmonopolização no campo dos softwares”, disse Nikifôrov.
Segundo o ministro, há necessidade de apoiar os desenvolvedores nacionais para que, em um prazo de 3 a 5 anos, eles possam criar softwares competitivos.
“Isso cria benefícios a todos: para o Estado, tendo em vista que para nós é uma questão de segurança nacional; para os negócios, pois surge um mercado de produtos competitivos; e para os consumidores, que terão mais oportunidades de escolha”, concluiu.
Publicado originalmente pela agência de notícias Tass
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