Futuro da economia russa depende dos preços do petróleo, que afetarão o crescimento do PIB nacional Foto: RIA Nóvosti
De acordo com o relatório do Banco Mundial, a recessão provocada por problemas estruturais na economia e pela diminuição dos investimentos privados na Rússia fará com que o PIB nacional caia entre 2,9% e 4,6% este ano.
O documento cita também que, desde o final dos anos 1990 até 2013, os investimentos na economia russa cresceram mais lentamente do que os investimentos em outras economias do mundo. Como resultado, a pobreza, que em 2013 era de 10,8%, atingirá 14,0% em 2015 e 14,1% em 2016.
Paralelamente, o Banco Mundial elogiou as medidas tomadas pelo governo russo que “salvaram a economia russa de um colapso em 2014”. Entre as iniciativas foram citadas a desvalorização do rublo e a limitação das importações dos produtos alimentícios da União Europeia e dos Estados Unidos.
“Apesar da ambiguidade [a desvalorização do rublo provocou o aumento dos preços de agrícolas], essas medidas realmente beneficiam os produtores russos”, diz o vice-diretor geral do grupo de consultas Finekspertiza, Stanislav Safin, referindo-se a setores pouco endividados e orientados para mercado interno.
Ainda segundo o relatório, o futuro da economia nacional depende significativamente dos preços do petróleo, que afetarão diretamente o crescimento do PIB. “É difícil prever o crescimento econômico, porque a economia russa depende muito dos preços do petróleo”, concorda o analista da holding de investimentos Finam, Timur Nigmatúllin.
Abordagem diferente
As previsões do Banco Mundial se diferem das do Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia, segundo o qual a economia russa crescerá 2,3% em 2016. As diferentes estimativas são explicadas por economistas pelo uso de métodos de análise distintos.
Na opinião de Aleksêi Kozlov, analista principal da empresa de investimentos UFS IC, embora as previsões das autoridades russas sejam mais otimistas do que as das organizações internacionais, “a inflação e o encarecimento de créditos vão atingir a economia do país”.
O professor da Faculdade das Finanças e Gestão Bancária da Academia Russa da Economia Nacional e Administração Pública, Vassíli Iakímkin, também tem reservas sobre o futuro da economia russa. “Até o final de 2015 ela cairá 7%. A fuga de capitais aumentará, o valor do rublo diminuirá, a inflação aumentará e tudo isso impulsionará para uma recessão”, afirma.
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