Mais de 40 empresas de alta tecnologia russas abriram escritórios no exterior em 2014 Foto: Andrei Stárostin/RIA Nóvosti
A queda da moeda russa deve permitir que empresas russas aumentem as exportações de produtos não primários. “Hoje, a importação de produtos de alta tecnologia para a Rússia é 11 vezes maior do que a exportação”, diz o vice-presidente do fundo Skôlkovo, Vassíli Belov.
Mas, segundo Belov, embora enfraquecimento do rublo aumenta a competitividade dos produtos russos, mas não é suficiente. “É necessário melhorar a qualidade das pesquisas em instituições acadêmicas. O Japão e os EUA são os bons exemplos, eles fazem tudo para exportar produtos de alta tecnologia e, assim, ultrapassam a China.”
Só no ano passado, mais de 40 empresas de alta tecnologia russas abriram escritórios no exterior. Para garantir o sucesso dessas novas parcerias, o Kremlin decidiu aumentar as exportações de produtos processados.
Até o final de junho, o Ministério da Indústria e Comércio desenvolverá planos de substituição de importações em 18 indústrias e de desenvolvimento da produção nacional, inclusivamente por meio da localização de empresas estrangeiras na Rússia.
Segundo Roman Liadov, um dos diretores da pasta, o governo introduzirá o “contrato de investimento especial” – um acordo especial entre o Estado e a empresa privada, que exige a criação de postos de trabalho na produção de produtos de alta tecnologia.
Além disso, já foram transferidos US$ 347,8 milhões do orçamento federal para o recém-criado Fundo de Desenvolvimento da Indústria. Esta instituição vai conceder empréstimos baratos para empresas russas, na faixa de 5% de juros ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do Banco Central é de 14%.
Abrindo portas para o mundo
“O objetivo das sanções econômicas contra a Rússia não foi alcançado, é impossível isolar a economia russa”, declarou o vice-presidente da Câmara de Comércio da Rússia, Gueôrgui Petrov, durante o fórum “Open Rússia”, em Moscou.
Segundo ele, o comércio com a Rússia garantiu o crescimento significativo do PIB de vários países. “Em 2014, devido à cooperação com a Rússia, a economia da Macedónia, por exemplo, cresceu 4%”, disse Petrov.
Também otimista, o diretor científico do centro de pesquisas “Economy”, Oleg Grigóriev, alerta para a importância do cenário internacional. “No mercado mundial surgem novas oportunidades, as empresas russas precisam monitorá-las e tentar penetrar nos mercados estrangeiros que ainda estão fechados para os russos.”
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