Economia russa e valores dos seus ativos dependem dos preços globais de energia Foto: Aleksandr Riúmin/TASS
Por volta das 11 da manhã (GMT), o rublo caiu 3,9% em relação ao dólar, chegando a ser cotado por 52,45, e 3,8% em relação ao euro, que passou a ser comercializado a 65,39 rublos.
O preço do petróleo tipo Brent, que serve de referência no mercado global, pairou um pouco acima da mínima de cinco anos, em U$ 69,6 por barril. Os preços vêm sendo empurrados para baixo sobretudo por causa da decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de não cortar a produção de petróleo.
A iniciativa do órgão internacional indica que os mercados estão cada vez mais fixando o preço na probabilidade de obter petróleo barato por um longo período, “gerando uma reavaliação dos preços de ativos russo”, apontaram analistas.
O petróleo e o gás representam cerca de dois terços das exportações da Rússia e metade da receita do orçamento federal, de modo que a economia do país e os valores dos seus ativos dependem fortemente dos preços globais de energia.
“O apoio ao rublo, neste momento, só pode vir com a estabilização do preço do petróleo. Outros fatores parecem agora secundários e de pouca importância”, disse o executivo sênior do Globex Bank Ígor Zelentsov em uma nota.
Segundo ele, as expectativas do mercado nacional de que o Banco Central da Rússia intervisse quando o rublo atingisse 50 em relação ao dólar “foram por água abaixo em meio à mudança acentuada e substancial do preço do petróleo”.
O Banco Central não intervém no mercado cambial desde 10 de novembro. De acordo com a instituição, essa medida só será considerada se a queda do rublo representar ameaça para a estabilidade financeira.
“Bem, vamos ver se a atual queda do rublo é considerada uma ameaça”, disse o analista-chefe da casa de investimento Profit, Gleb Zadóia, em uma nota nesta manhã.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
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