Além da construção de estádios, está previsto o desenvolvimento de estruturas de transporte e hotelaria Foto: Konstantin Zavrájin/RG
Na terça-feira passada (28), o presidente Vladímir Pútin presidiu a reunião do conselho fiscal do Comitê Organizador para Rússia-2018, responsável pela supervisão dos preparativos da Copa do Mundo que será sediada pela Rússia daqui a quatro anos. O encontro teve participação de ministros do governo russo e do presidente da Fifa, Joseph Sepp Blatter.
“A Rússia vai garantir a realização de todos os trabalhos dentro dos prazos determinados e no mais alto nível”, declarou Pútin, acrescentando que, em breve, será lançado um portal informativo especial para controlar todas as etapas da preparação para o campeonato, semelhante ao modelo bem-sucedido criado para as Olímpiadas de Sôtchi.
“Todas as experiências úteis, ideias e melhores práticas devem ser aproveitadas também na preparação para a Copa do Mundo. Isso inclui logística, inclusão de voluntários, programas de ingressos e estrutura para recepção de atletas e visitantes”, acrescentou Pútin.
O presidente da Fifa, Joseph Sepp Blatter, declarou total apoio aos planos da Rússia e comentou os apelos de boicote à Copa do Mundo ou privação Rússia do direito de sediá-la, proferidos por uma série de políticos de países ocidentais “É impossível boicotar o futebol”, disse Sepp Blatter. “A Fifa defende a realização desse campeonato na Rússia. Esse é um empreendimento conjunto, e não é só para o povo da Rússia, mas para todo o mundo. O futebol une as pessoas em vez de separá-las.”
Para realizar o torneio em tais condições, será necessário um investimento total de quase US$ 15,5 bilhões. Será dada prioridade ao desenvolvimento de infraestrutura de energia, transporte e comunicação.
Segundo o ministro dos Transportes da Rússia, Maksim Sokolov, os torcedores poderão viajar gratuitamente entre as cidades que sediarão os jogos mediante apresentação de ingresso para o jogo. “Eles poderão se locomover entre as cidades participantes por meio do transporte ferroviário. Já possuímos esse tipo de experiência com as estradas de ferro. Isso exigirá subsídios no valor de aproximadamente 2 bilhões de rublos [US$ 47 milhões]”, disse.
As autoridades também discutiram a necessidade de pensar desde já sobre os gastos associados com a utilização da “herança” da Copa. "”É preciso que os gestores regionais também reflitam com antecedência sobre os seus orçamentos para o ano de 2019 e contabilizem a composição dos times esportivos infanto-juvenis e juvenis que irão utilizar os espaços construídos para o campeonato”, afirmou Pútin.
Estádio X Hotel
A Copa do Mundo de 2018 será realizada em 12 estádios de 11 cidades russas, três dos quais já estão prontos – o “Otkritie Arena”, em Moscou, o “Kazan-Arena” e o Estádio Olímpico “Fisht”, em Sôtchi. A final deve acontecer no estádio Lujniki, em Moscou, que está passando por uma ampla reforma.
Recentemente, a Pútin e Blatter conferiram o andamento das obras, acompanhados por Serguêi Sobiânin, prefeito da capital. A aparência histórica do Lujniki foi mantida, “mas lá dentro tudo será supernovo e moderno”, garantiu Sobiânin. “Tudo será concluído dentro do prazo e ele será um dos melhores estádios do mundo.”
Em relação aos preparativos do evento, o principal problema da Rússia, segundo o ministro dos Esportes russo Vitáli Mutko, é a carência de hotéis. “Na maioria das cidades que vão sediar jogos observa-se, por enquanto, um grave déficit de recursos de hotelaria”, afirmou o ministro. “Estimamos que a Rússia, seja visitada, durante a Copa, por um número de turistas não inferior ao registrado no campeonato de 2014, no Brasil, ou seja, 700 mil pessoas.”
Com material do Kommersant e da Rossiyskaya Gazeta
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