Segundo a S&P, o principal risco é o agravamento da situação econômica dentro do país e a crescente dependência de exportação de petróleo e gás Foto: Reuters
A agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s manteve a nota da dívida soberana da Rússia em BBB. De acordo com especialistas da S&P, a introdução de sanções contra a Rússia não afetou a credibilidade do país.
No entanto, uma semana antes de publicação do novo relatório, economistas previam a redução da nota de avaliação da Rússia para o grupo especulativo, o que afetaria significativamente o rublo e as ações russas.
"Sem dúvida, a manutenção da nota da dívida soberana da Rússia no nível de investimento é uma boa notícia. As ações de muitas empresas estão em níveis de ‘sobrevenda’, então essa notícia é uma excelente razão para uma correção ascendente", diz o principal analista da corretora de calores FBS, Kira Iúkhtenko.
O relatório da S&P indica que a confirmação da nota de crédito da Rússia significa que a posição dos ativos externos é forte e a dívida do país, moderada. De acordo com a agência, essa tendência continuará até 2017.
Segundo a S&P, o principal risco é o agravamento da situação econômica dentro do país e a crescente dependência de exportação de petróleo e gás.
Após a publicação do relatório, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, declarou que o Banco Central apoia ativamente a liquidez no setor bancário do país, o que não permitiu rebaixar a nota de crédito da Rússia. Segundo ele, a agência conseguiu ver os pontos fortes da Rússia.
Os especialistas russos afirmam que a decisão da S&P foi adequada.
"Apesar do aumento da pressão externa e problemas estruturais internos, a economia russa permanece bastante estável. Embora os preços atuais do petróleo não sejam inteiramente confortáveis para a Rússia, eles ainda permitem manter o equilíbrio no orçamento", diz Kira Iúkhtenko.
No entanto, segundo ela, a S&P poderá rebaixar a nota de crédito da Rússia no futuro próximo.
De acordo com o economista-chefe do Bank of America na Rússia e na Comunidade
dos Estados Independentes, Vladímir Osakôvski, a agência de classificação de
risco de crédito poderá reduzir a nota da Rússia no ano que vem, caso a crise
econômica continuar.
O analista do banco Sberbank CIB Tom Levinson explica que a S&P não
conseguiu justificar a redução da nota devido aos índices macroeconômicos da
Rússia. Por exemplo, a dívida externa é muito baixa e não ultrapassa 2,8% do
Produto Interno Bruto do país.
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