Apoio aos palestinos também poderá causar desconforto com Israel Foto: AP
A Rússia manifestou prontidão em apoiar na ONU a Palestina, que planeja apresentar ao Conselho de Segurança projeto de resolução estabelecendo um prazo para a criação do Estado palestino e a retirada das tropas israelenses da Cisjordânia.
“Se o projeto for submetido ao Conselho de Segurança, iremos apoiá-lo”, disse o representante permanente russo junto à ONU, Vitáli Tchúrkin.
A delegação palestina planejava submeter o projeto à votação do Conselho de Segurança já no dia 21 de outubro, mas não o fez. No documento, o prazo para a retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, iria até 2016.
Apesar dos esforços russos, Tchúrkin declarou à agência de notícias RIA Nôvosti que o projeto dificilmente será aprovado.
“A chance de aprovação da resolução é muito pequena, pois os Estados Unidos certamente irão vetá-la”, disse.
O enviado da Rússia ainda apelou a Israel e aos palestinos para retomarem as negociações diretas, evitando a escalada de conflitos no futuro.
A promessa de apoio feita por Tchúrkin não causou surpresa entre os analistas políticos, já que a Rússia sempre defendeu um Estado palestino independente.
“Acreditamos que a causa palestina seja justa. O povo tem direito à autodeterminação, inclusive na criação de seu próprio Estado”, afirmou em outubro o enviado especial da presidência da Rússia para o Oriente Médio em reunião no Cairo dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza.
Mas o apoio aos palestinos também poderá causar desconforto com Israel, que se colocou contra as sanções econômicas impostas à Rússia pelas potências ocidentais e também manifestou intenção de aumentar a oferta de produtos agrícolas para o mercado russo.
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