Rosatom tem longo histórico de cooperação acadêmica Foto: Aleksanr Kriajev/RIA Nóvosti
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) assinou um acordo de cooperação com a corporação estatal russa Rosatom.
O documento trata de uma cooperação em diversas áreas: da organização de seminários conjuntos, mesas-redondas e palestras à participação de empresas russas do ramo nuclear em projetos comerciais e de pesquisa, futuros e já em andamento.
A companhia russa tem vasta experiência de cooperação científica com países em todos os continentes. Ainda durante a era soviética, cientistas nucleares russos construíram uma série de reatores para pesquisa na Europa, Ásia e Oriente Médio.
A Rússia também foi a responsável pela formação na área nuclear de milhares de profissionais do mundo todo.
Esses voltaram para seus países ocupando posições de destaque na indústria de energia nuclear. A ciência e a educação estão entre as prioridades da Rosatom, e os projetos que estão sendo implementados na Rússia podem inspirar estudantes e cientistas do Brasil.
Descobertas inspiradoras
No mundo moderno, a ciência nuclear russa tem revelado novos elementos da tabela periódica de Mendeleev, como, por exemplo, o 117, Ununséptio, descoberto em 2009 no Instituto Unido de Pesquisa Nuclear. As propriedades químicas desse ainda não foram estudadas.
A ciência nuclear também salva vidas, ao desenvolver isótopos médicos a partir dos quais são criados radiofármacos utilizados para o diagnóstico e tratamento de câncer, doenças cardíacas e vasculares.
Portas abertas
A Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear, que ocupa o primeiro lugar entre os Brics em citações de artigos científicos, e que faz parte da base de dados da Web of Science e Scopus, poderá, agora, abrir suas portas ainda mais aos jovens cientistas nucleares brasileiros.
Além disso, a Rosatom busca cooperar com grandes corporações e empresas não nucleares. Em 2014, por exemplo, com o apoio dos centros de informação da indústria nuclear foi organizada a competição do Google “Geração Digital. Adiante!”, no qual jovens talentos puderam criar seus projetos e ganhar conhecimento no campo das tecnologias da internet.
Na Rússia também se realiza um dos principais fóruns nucleares do mundo, o “Atomexpo”, onde se reúnem os chefes das principais empresas nucleares, e define-se a agenda do ramo.
Assim, a cooperação na esfera da ciência e da tecnologia com os cientistas nucleares russos significa que o Brasil terá a chance de entrar na lista dos líderes de tecnologia nuclear do planeta.
Ano da fusão
O ano de 2014 será o ano da fusão termonuclear controlada na Rússia. A ideia de utilização de energia de fusão foi proposta pela primeira vez pelo físico soviético Oleg Lavrentiev, já na década de 1950. Mais tarde, Andrêi Sákharov e Ígor Tamm desenvolveram os princípios de confinamento do plasma emtokamak, o aparelho para confinamento magnético do plasma.
Hoje, no centro de pesquisas científicas Cadarache, na França, cria-se o futuro energético da humanidade com a tecnologia russa: o Reator Termonuclear Experimental Internacional.
Não é coincidência que, em outubro de 2014, a Rússia vai abrigar a conferência internacional da AIEA sobre fusão termonuclear, da qual participarão cientistas de 40 países.
Tudo isso levará a cooperação russo-brasileira a um novo e altíssimo nível.
Confira outros destaques da Gazeta Russa na nossa página no Facebook
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: