A Kamaz é a primeira empresa de automóveis que recebe apoio financeiro do Estado Foto: ITAR-TASS
O fabricante de caminhões Kamaz se tornou a primeira empresa a receber ajuda estatal no contexto de queda no mercado de automóveis. O governo forneceu ao fabricante garantias estatais no valor de cerca de US$ 1 bilhão.
A resolução, assinada em 11 de agosto, prevê a emissão de garantias estatais para os títulos não conversíveis para 15 anos. Em outras palavras, o governo garante o reembolso do valor nominal das obrigações até esse montante, caso a empresa seja incapaz de cumpri-las.
O conselho de diretores da Kamaz aprovou a emissão de ações no final de maio. Durante os próximos três anos, a empresa planeja vender nove pacotes de títulos.
O programa de investimento da Kamaz, de US$ 1,9 bilhões de dólares, foi iniciado em 2013 e deverá ser concluído em 2020. A própria empresa investirá US$ 750 milhões. Os principais objetivos são a criação de novos modelos de caminhões, a modernização e o aumento da eficiência.
De acordo com previsões de especialistas, em 2015, a empresa venderá mais de 60 mil veículo. Em 2013, comercializou 43,8 mil veículos.
Primeira
A Kamaz é a primeira empresa de automóveis que recebe apoio financeiro do Estado em um momento de recessão prolongada no mercado de automóveis.
Segundo a diretora de pesquisas da agência de investimento FBS, Elizaveta Belúguina, a Kamaz se tornou a primeira a ter ajuda estatal porque já tem um plano de longo prazo de construção de novas fábricas e de modernização de todo o processo tecnológico.
"Esse projeto é de importância estratégica para a indústria russa e corresponde às ideias atuais sobre o desenvolvimento dessa indústria", diz Belúguina.
O governo russo está analisando as possíveis medidas para apoiar todo o setor automotivo, incluindo a renovação da frota e a redução do limite de vida útil dos veículos comerciais.
"A situação é bastante difícil. O mercado de carros e de caminhões é um indicador muito preciso da economia em geral. Por isso temos que melhorar a situação no mercado", declarou o primeiro-ministro da Rússia, Dmítri Medvedev.
Com materiais do Kommersant e do RBC Daily
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