Foto: Aleksandr Kriajev / RIA Nóvosti
De acordo com previsão da corporação japonesa Sumitomo Corp., neste ano, pela primeira vez desde 2006, o mercado mundial de alumínio enfrentará um déficit. Segundo a corporação, a falta será de cerca de 61 mil toneladas em comparação com um excesso de 580 mil toneladas em 2013. Isso se explica pela diminuição da produção e pelo aumento da demanda pela indústria automobilística.
O Goldman Sachs já tinha alertado sobre a falta de alumínio no mercado internacional. Os preços baixos para o metal provocaram a diminuição da produção e o fechamento de mais de 50 fábricas ao redor do mundo. Como resultado, o déficit poderá atingir 579 mil toneladas neste ano, após sete anos de excesso. O Citigroup e o Morgan Stanley também preveem déficit.
“Até agora, há reservas suficientes e não se observa nenhuma falta”, disse à Gazeta Russa Elizaveta Belugina, chefe do departamento de análise da empresa de transações de câmbio FBS.
Não há falta de alumínio no mercado russo. A indústria do país cresce de maneira lenta e a indústria automobilística está encolhendo. De acordo com estatísticas da Rostat, a produção de automóveis de passeio caiu 1,3%, para 920 mil carros, e a de caminhões caiu 21%, para 75 mil unidades.
O que poderá aumentar a demanda?
"No exterior, a demanda por produtos russos dependerá principalmente da velocidade de crescimento da economia global”, diz o analista da FBS Cyrus Yuhtenko. “Hoje em dia pode-se prever um crescimento da demanda na indústria automobilística, aeroespacial e de construção [ligas duráveis e de alta tecnologia].”
De acordo com o gigante russo produtor de alumínio Rusal, a demanda global por alumínio crescerá no nível de 6% por ano, ao mesmo tempo em que a empresa americana de alumínio Alcoa estima 7%. Produtores explicam essa previsão pela aceleração do crescimento da produção aeronáutica e espacial. Na Alcoa também se espera o crescimento da indústria automobilística, de construção e de embalagens. Nesse contexto, começou a crescer o preço do alumínio: a partir de maio, o valor aumentou 20%, atingindo US$ 2.040 por tonelada, na Bolsa de Metais de Londres.
Segundo Kira Yuhtenko, o aumento dos preços para os metais certamente contribuirá para o crescimento das cotações russas de empresas de alumínio. O principal analista da UFS IC, Ilia Balarirev, tem a mesma opinião: ele afirma que se o ritmo da recuperação dos preços do alumínio continuar, a avaliação da Rusal poderá ser revista para cima.
A empresa atende plenamente a demanda doméstica decrescente e exporta o resto dos produtos. No entanto, internamente se considera que a abertura de unidades adicionais antes do crescimento do preço acima de US$ 2,5 mil por tonelada seria economicamente inviável.
Apesar da melhora das perspectivas, até agora a Rusal continua a ser uma empresa não rentável. Embora no ano passado a dívida do gigante tenha diminuído em 6,6%, em 2013 o prejuízo atingiu US$ 3,2 bilhões.
Confira outros destaques da Gazeta Russa na nossa página no Facebook
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: