Uralkali anunciou mais do que uma vez que a sua prioridade atual são os mercados da América Latina e Sudeste Asiático Foto: PhotoXPress
Até meados de 2013, a Uralkali e a Belaruskáli eram parceiras na venda de potássio, detendo mais de 40% do mercado mundial. Entretanto, após o colapso do cartel Belaruskáli- Uralkali, os produtores russos de fertilizantes compostos e os produtores agrícolas ganharam a oportunidade de comprar matérias-primas de fornecedores alternativos e “escolher as melhores condições de fornecimento”, conforme declaração do diretor da PhosAgro, Andrêi Guriev.
Apesar da notícia, os dirigentes da Uralkali reagiram calmamente à decisão da PhosAgro, cuja demanda é de 770 mil toneladas por ano. “Vamos planejar o que fazer com base nas novas condições. Se a PhosAgro não vai mais comprar os volumes de antes, venderemos a outros”, dizem os assessores da produtora russa. O preço médio do potássio no país ao longo dos nove primeiros meses de 2013 foi de US$ 192 por tonelada, e na exportação subiu para US$ 272.
Anna Bodrova, da Alpari, ressalta que, depois do fim do cartel Belaruskali-Uralkali, a demanda de potássio por parte dos produtores de fertilizantes compostos na Rússia manteve-se elevada, mas a lista de fornecedores continuou limitada. “Ao que tudo indica, a PhosAgro recebeu uma proposta mais flexível, vantajosa para ambas as partes”, diz a analista. “Quanto à Uralkali, vai ter que colocar no mercado uma proposta nova ou voltar para o cartel.”
Também é improvável que a Uralkali baixe o preço, uma vez que mantém a vantagem na luta pelos compradores. “Mesmo que a empresa perca alguns de seus clientes no mercado interno, ela pode compensar aumentando a exportação”, garante Anna Milostnova analista da UFS IC. A própria Uralkali anunciou mais do que uma vez que a sua prioridade atual são os mercados da América Latina e Sudeste Asiático.
Com materiais do Kommersant
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