Produção de avião civil Superjet será duplicada em 2014

Para cumprir a meta, Sukhôi deverá fabricar pelo menos três aviões civis por mês Foto: ITAR-TASS

Para cumprir a meta, Sukhôi deverá fabricar pelo menos três aviões civis por mês Foto: ITAR-TASS

Fabricante de aeronaves civis Sukhôi estima produção de 40 veículos neste ano, 10 vezes mais do que há quatro anos, quando a produção dessas aeronaves apenas começava. O braço de baixo custo da companhia Aeroflot, Dobroliôt, promete ser um dos propulsores da linha de produção dos Superjets.

Em 2013, a Rússia fabricou 32 aviões civis. Porém, neste ano, são previstos mais 46, sendo 40 Superjets (SSJ100) e seis An-148. “Este ano temos que começar a fabricar pelo menos três aviões civis por mês se queremos cumprir as nossas obrigações de entrega”, declarou o diretor do Departamento da Indústria da Aviação, Andrêi Boguinski, durante a exposição internacional Singapore Airshow, na semana passada.

Os principais clientes do Superjet são as empresas russas Aeroflot, UTair, Gazprom Avia e a mexicana Interjet. A empresa Aeronaves Civis Sukhôi (GSS, na sigla em russo) vai financiar 76% do aumento da produção com recursos próprios e empréstimos comerciais. Os outros 24% serão oriundos do orçamento federal, embora não tenham sido revelados os valores reais.

Produção de SSJ100

2011: 4 aeronaves

2012: 12 aeronaves

2013: 25 aeronaves

Expectativa para 2014: 40 aeronaves

“Na virada do ano 2015 e 2016, a GSS conseguirá colocar no mercado em ritmo normal apenas 48 máquinas por ano”, adianta, Oleg Panteleiev, editor-chefe da agência de análise Aviaport. Porém, o impulso deve chegar caso a GSS conquiste um novo cliente: a filha da Aeroflof e companhia aérea de baixo custo Dobroliôt. “Se isso acontecer, o fabricante poderá ir atrás de um empréstimo para expandir a produção”, acrescenta.

Por outro lado, o presidente do conselho da Avia Solutions Group, Guediminas Jemialis, acredita que a GSS só conseguirá outro grande cliente, mesmo que não seja o Dobroliôt, propondo um preço mais vantajoso. “A Boeing e a Airbus já propuseram à Ryanair e à EasyJet preços quase abaixo do custo de produção e vieram a ganhar depois com as vendas posteriores”, diz.

Uma das alternativas é a redução do preço da aeronave da GSS até  US$ 13 milhões, antes os atuais US$ 25 milhões, para os clientes que efetuaram uma reserva de, no mínimo, 70 aeronaves. “Isso daria um impulso ao próprio setor, uma vez que a manutenção do sistema técnico do SSJ100 e o treinamento de pessoal perde significativamente para os produtores ocidentais”, afirma Jemialis.

Além do Superjet, outro projeto ganhou terreno no setor de aviação civil da Rússia neste ano: o MS-21. Para este projeto foram atribuídos cerca de 17 bilhões de rublos (US$ 482 milhões) em 2014, cujo investimento será repartido entre o governo federal e empresas privadas.

 

Com materiais dos veículos RBC Daily e Rossiyskaya Gazeta

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