A inflação baixa é uma das condições necessárias para um clima de investimentos favorável, afirma Elvira Nabiúllina, chefe do Banco Central da Rússia Foto: ITAR-TASS
Ao contrário dos reguladores monetários dos países desenvolvidos, o Banco Central da Rússia vê a inflação como o problema principal a ser combatido internamente. Enquanto o Japão, os EUA e a zona do euro enfrentam o risco de deflação, a inflação na Rússia em 2013 rondou os 6%. Durante os próximos três anos, o banco tem o objetivo ambicioso de controlar a inflação gradualmente e segurá-la no nível de 4%.
Além disso, o BC está aumentado o controle sobre a taxa de câmbio. Apesar da diminuição do número de investimentos no câmbio, a diferença entre as taxas de câmbio flutuantes da cesta das duas principais moedas (euro e dólar americano) está em expansão. Os comerciantes estão usando taxas de câmbio mais voláteis, e a economia se torna mais estável contra choques externos.
No contexto de uma restrição de liquidez, a lista de instrumentos de refinanciamento com leilões de crédito garantidos por títulos não-comerciais e garantias apoiadas aumentaram significativamente. A taxa de juros, no entanto, não foi reduzida por causa da inflação, que foi provocada, principalmente, pelos recursos não-monetários: os preços da comida e as tarifas impostas pelos monopólios energéticos.
Em 2014, essas taxas não subirão para a indústria. Para os consumidores individuais, a taxa aumentará por causa da inflação. Isso, ao lado da elevada taxa monetária em 2013, permitirá ao BC atingir o seu principal objetivo, o de controlar a escalada de preços. Essa meta está incluída nos objetivos principais da política econômica da Rússia de 2014 a 2016.
Inflação
A inflação baixa é uma das condições necessárias para um clima de investimentos favorável. A falta de investimento é um dos principais problemas da economia russa, que vive um período de mudanças estruturais.
Faturando com a desvalorização do rublo
O outro lado da moeda é a incapacidade de garantir o crescimento econômico. Os especialistas discutem a possibilidade de reduzir as taxas de juros, mas o BC permanece impassível. O banco acredita que, no contexto institucional atual, a economia está crescendo tão rapidamente quanto possível. Assim, qualquer facilidade extra só aumentaria a inflação.
A empresa de investimentos UFS concorda que o objetivo de combater a inflação a médio prazo deve ser uma prioridade. A situação vai mudar apenas no segundo semestre, quando o congelamento de tarifas dos monopólios terão efeito. Essa é a única maneira de recuperar a confiança dos investidores. O Banco Central da Rússia também tem planos de converter Moscou em um centro financeiro internacional e tornar o rublo em uma moeda de reserva regional. Segundo a UFS, isso beneficiaria o mercado de capitais.
Confira outros destaques da Gazeta Russa na nossa página no Facebook
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: