Segundo o critério da disponibilidade de financiamento, a Rússia ocupa o 15º entre os países do G20 Foto: Reuters
A empresa de auditoria EY apresentou um relatório sobre o estado da atividade empresarial nos países do G20.
De acordo com os dados do estudo, o principal obstáculo para o desenvolvimento empresarial na Rússia é o problema de atração de investimentos. No entanto, no que diz respeito ao nível de regulamentação fiscal e de apoio estatal aos empresários, a Rússia está à frente dos outros países dos Brics e de vários países da União Europeia.
Mais de 1.500 empresas dos países do G20 participaram da pesquisa. Os entrevistados foram convidados a avaliar a qualidade do clima empresarial de acordo com cinco parâmetros: acesso ao financiamento, carga tributária, qualificação dos empresários, nível de apoio geral e desenvolvimento da cultura empresarial.
Como resultado, o G20 foi dividido em quatro grupos de cinco países, onde os índices mais altos correspondem ao primeiro grupo. Os líderes são: EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Coreia do Sul.
No segundo grupo aparecem dois países da União Europeia: a França e a Alemanha, além da África do Sul e do Japão. A Rússia aparece no terceiro grupo. O clima de negócios na no país é comparável ao de Brasil, China, México e Arábia Saudita. O quarto grupo é composto pela Argentina, Índia, Indonésia, Itália e Turquia.
Os autores da pesquisa afirmam que, para estimular a atividade empresarial, em primeiro lugar é preciso facilitar o acesso ao financiamento e aumentar as garantias estatais para empréstimos a startups e pequenas empresas.
Atualmente o governo russo está discutindo proposta do Ministério da Economia de criação de um fundo de garantia federal no valor de 100 bilhões de rublos (cerca de US$ 3 billhões de dólares), que deve diminuir as taxas de empréstimos para as pequenas e médias empresas em 10%.
Segundo o critério da disponibilidade de financiamento, a Rússia ocupa o 15º entre os países do G20.
A Rússia encabeça o ranking de apoio geral para o mundo empresarial. Os entrevistados sublinharam a criação da infraestrutura para empresários no país. São incubadoras de empresas, projetos de pesquisa em cooperação com as principais universidades do país e representação dos interesses dos empregadores no governo.
No entanto, os especialistas da EY afirmam que esse indicador reflete "uma tendência para a melhoria das condições" e não a situação atual. Essa conclusão é confirmada pelo fato de o nível de emprego nas pequenas e médias empresas russas continuar sendo o menor entre os países do G20 –apenas 17% dos empregados trabalham nesses setores. No Brasil, esse número ultrapassa 37%, enquanto na Alemanha cerca de 59% dos empregados trabalham nas pequenas e médias empresas.
A subclassificação fiscal é encabeçada pela Arábia Saudita, cujos residentes estão isentos de imposto sobre o rendimento –o imposto sobre as sociedades é de 20%. A Federação Russa ocupa a nona posição nesse ranking.
Agora, o governo russo está discutindo a possibilidade de introduzir uma isenção de dois anos para as pequenas empresas recém-criadas.
A EY, no entanto, afirma que a redução dos impostos fixos (que não dependem do volume de negócio), especialmente no seto imobiliário, é mais eficiente do que uma redução do imposto sobre o lucro.
Publicado originalmente pelo jornal Kommersant
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