Membros russos vão ocupar 6 dos 16 cargos do conselho administrativo do Banco do Chipre Foto: Reuters
O Banco do Chipre informou que o ex-diretor-executivo da empresa de mineração e metalurgia Norilsk Nickel, Vladímir Strjalkóvski; o vice-presidente da filial do Leste Europeu do Deutsche Bank, Ígor Lojévski; Anjelika Anchakova, membro do conselho administrativo do Binbank, que é controlado pelo investidor Mikhail Chichkhanov; Eriskhan Kurazov, que representa os interesses de Chichkhanov em uma licitação para a venda do Moscow Hotel Nacional; Anton Smetanin, representando os interesses dos investidores Vitáli Iusufov no conselho administrativo do Banco de Moscou; e Dmítri Chichikashvíli, executivo-chefe da Insigma, foram eleitos para compor a diretoria da instituição cipriota.
Debates intensos precederam a votação e quase evoluíram para confrontos entre antigos e novos acionistas. A reunião dos acionistas foi realizada sob a presença de vários policiais para manter a ordem. Os detentores de títulos antigos do banco foram os que mais demonstraram descontentamento, já que o preço desses títulos caiu para um centavo, em vez de um euro, por unidade, como resultado da recente reestruturação.
Esses acionistas, que se consideravam enganados, exigiram o cancelamento da votação e o adiamento da reunião. Apesar de terem deixado a sala de reunião após algum tempo, a sua presença não tinha grande influência sobre a votação, porque esses antigos acionistas adquiriram apenas 0,5% do capital autorizado do Banco em consequência da reestruturação bancária.
Os titulares de grandes depósitos não segurados, com mais de 100 mil euros, se tornaram os novos proprietários da organização de crédito. Seus recursos foram envolvidos na recapitalização do Banco do Chipre, de acordo com os termos de crédito cedido ao Chipre pela troika de credores.
Em julho passado, o corte nos depósitos foi finalmente fixado em 47,5%. Em troca, eles receberam a ações com direito a voto Classe A. Como resultado do corte, cerca de € 8 bilhões foram envolvidos na recapitalização. Os russos acabaram sendo os mais afetados por essa medida sem precedentes na zona do euro. Esse fato explica a sua adesão sólida no conselho administrativo do Banco do Chipre.
Publicado originalmente pela ITAR-TASS
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