Pasta é comandada pela ministra Elvira Nabiúllina Foto: ITAR-TASS
O Ministério de Desenvolvimento Econômico da Rússia reduziu a previsão de crescimento do PIB do país para 2013 de 3,6% a 2,4%. Nos próximos dois anos, a previsão é de uma aceleração de até 3,7% e 4,2%, respectivamente.
No entanto, de acordo com os dados da Rosstat (Agência Federal de Estatísticas da Rússia), as perspectivas para 2013 podem mudar. O crescimento do PIB no segundo trimestre desacelerou para 1,2%, contra 1,6% no primeiro trimestкe (em comparação com os mesmos períodos de 2012).
De acordo com os cálculos de Nikolai Kondrachov, do Centro de Desenvolvimento da Escola Superior da Economia, durante os últimos seis meses, a economia cresceu 1,4%.
O Banco Central reconheceu oficialmente o excessivo otimismo do Ministério de Desenvolvimento Econômico.
A pasta prevê um crescimento mais rápido na segunda metade do ano, devido ao aumento de investimento, produção agrícola e gastos do governo e a desaceleração da inflação.
No entanto, o aumento ainda é inferior à previsão do diretor do departamento do ministério.
Os dados dos dois primeiros trimestres reduzem a taxa de crescimento anual em cerca de 0,5 pontos, considera o economista-chefe do HSBC na Rússia, Aleksandr Morozov. De acordo com ele, será possível alcançar a previsão de 2,4% apenas nas condições de uma boa colheita e conjuntura externa positiva, o que é pouco provável, porque, de acordo com o relatório do Banco Central da Rússia, nos países desenvolvidos já há superprodução de vários produtos.
Segundo relatório da Escola Superior de Economia, o Estado russo não conseguirá alcançar o crescimento de 2,4% previsto pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico devido a muitos novos fatores que impedem o crescimento –desaceleração do crédito, aumento do desemprego e diminuição da rentabilidade na economia.
Para acelerar o crescimento a médio prazo é necessário modernizar a economia, indica o Banco Central da Rússia. A desaceleração de investimentos e o crescimento no primeiro semestre aconteceu simultaneamente com a elevada utilização da força de trabalho e alta capacidade de produção. Isso significa que os últimos dois fatores podem ajudar a acelerar o crescimento.
"Primeiro, o Banco Central fala não apenas da política monetária, mas também sobre as questões institucionais", diz Morozov. “É verdade que o país precisa se modernizar, mas não podemos dizer que a capacidade de produção de energia está em seu máximo”, completa.
De acordo com o analista da empresa de investimentos Otkrítie, Vladímir Tikhomirov, a capacidade de estimular o crescimento por meio de flexibilização da política monetária é limitada.
“Medidas momentâneas podem ter efeito de curto prazo, tais como a atribuição do Fundo Nacional de Assistência Social para projetos de infraestrutura. No entanto, é importante realizar essas medidas sem atraso”, afirma Tikhomírov.
Publicado originalmente pelo Vedomosti
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