Sindicatos duvidam da transferência maciça de operários para a Sibéria Foto: ITAR-TASS
Situadas na porção europeia da Rússia e incorporadas ao consórcio Rusal, as fábricas de alumínio de Volgogrado (VgAZ), de Bogoslovski (BAZ), dos Urais (UAZ) e de Nadvoitsk (NAE), terão suas atividades encerradas.
Com capacidade total de 371,7 mil toneladas de alumínio por ano e um total de 7,5 mil trabalhadores, as fábricas não estão conseguindo acompanhar o alto custo de produção e as elevadas taxas de eletricidade, além de possuírem tecnologias de produção ultrapassadas.
No primeiro semestre deste ano, o consórcio reduziu a produção de alumínio em 100 mil toneladas (ou 4,5%), obtendo assim 1,99 milhões de toneladas, contra os 2,09 milhões no primeiro semestre de 2012.
No período entre janeiro e junho deste ano, o preço médio por tonelada de alumínio era de US$ 1919 – 7,8% inferior ao preço médio vigente no primeiro semestre do ano passado. Por isso, o consórcio sofreu um prejuízo no valor de US$ 439 milhões, e a receita diminuiu 8,8%, de US$ 5,704 bilhões em 2012 para os atuais US$ 5,203 bilhões.
O diretor-geral do Rusal, Oleg Deripaska, já havia declarado em entrevista à agência Interfax que o preço do alumínio não iria subir até o final deste ano e que a indústria estava atravessando um período de crise profunda.
“Estamos considerando transferir parte do pessoal para outras empresas onde há vagas, inclusive as fábricas em construção na Sibéria, e reciclar os restantes no âmbito dos programas regionais de reciclagem profissional”, disse Deripaska.
Mas a mudança maciça de trabalhadores para a Sibéria é pouco provável, e os sindicatos da fábrica de alumínio de Volgogrado (VgAZ), que possui 3.200 funcionários, estão se preparando para fazer um protesto em massa contra o encerramento das atividades.
De acordo com os planos da holding, a produção no setor “Ocidente” só será mantida na fábrica sueca de Kubal e na fábrica de alumínio de Kandalakcha, no noroeste da Rússia. Além disso, sofrerá uma redução de 240 mil toneladas em 2013. Paralelamente, as fábricas do Rusal na Sibéria, com capacidade total para 3,5 bilhões de toneladas por ano, reduzirão a produção em 105 mil toneladas.
Publicado originalmente pelo Newsru.com
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