Entre os bancos russos, o Sberbank tem a maior valor de marca Foto: fotoimedia
O presidente russo Vladímir Pútin reuniu os líderes dos principais bancos em sua residência rural em Novo-Ogarevo, no último dia 4, para entender por que as taxas de crédito para os negócios na Rússia são tão elevadas. Pútin acusou os banqueiros de violarem as regras antimonopólio, ganância e interferência no crescimento econômico.
Entre os convidados da reunião na residência rural, estavam a líder do Centrobank, Elvira Nabiullina, o seu conselheiro Serguêi Ignatiev, bem como os líderes dos principais bancos do país, como Herman Gref (Sberbank), Andrei Kostin (VTB), Andrei Akim (Gazprombank), Peter Aven (Banco Alfa) e Oleg Viuguin (Banco MDM).
“Os pequenos e médios negócios necessitam de dinheiro fácil e a longo prazo”, começou Pútin com tom de acusação. “O custo dos créditos bancários na Rússia estão claramente exagerados”, continuou o presidente.
Os bancos geralmente explicam a tendência em consequência dos riscos. “Mas os riscos macroeconômicos na zona do euro estão substancialmente mais altos, enquanto as taxas, substancialmente mais baixas. É necessário descobrir que fatores, além do desejo de obter lucro, incitam os nossos bancos a aumentar as taxas e por que a concorrência não funciona aqui, embora tenhamos 900 bancos”, afirmou Pútin. Ele também acusou os banqueiros de violação das regras antimonopólio.
As taxas de crédito elevadas retardam as taxas de crescimento da economia, uma vez que impedem o desenvolvimento do pequeno e do médio negócio. “As empresas importantes podem obter crédito no exterior, o pequeno e o médio negócio não têm esta escolha. As taxas para um negócio no início são de 20%, sem considerar as comissões. Assim não é possível nem pensar em lucro”, explicou o presidente. A proposta foi que os banqueiros diminuam as taxas de crédito usando “métodos mercadológicos”.
“Com o cenário econômico atual e a previsão de redução nas taxas pelo Centrobank, as taxas de crédito devem ir para baixo de forma natural”, tranquiliza a analista do banco Uralsib, Natalia Berezina.
Com materiais dos jornais MK e RBC Daily
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