Clima de negócios e instituições devem ser reavalidas antes de considerar a economia russa como "desenvolvida" Foto: ITAR-TASS
O próximo passo para obter o status de economia desenvolvida, poderá tornar-se o ingresso da Rússia na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), programado para o ano de 2015. José Angel Gurría, secretário-geral da OCDE, destacou repetidamente que a adesão à organização "não é tanto uma questão de negociações, como no caso da OMC, mas de adequação do país a determinados critérios”. O nível de renda é apenas um deles.
Entre as recomendações básicas, ou seja, exigências da OCDE em relação à Rússia, também estão o aumento de produtividade através da redução do setor público, a desregulamentação dos negócios e a promoção da inovação. A divergência da Rússia com os princípios da OCDE também é observada em questões como a reforma da previdência (na OCDE são favoráveis à elevação da idade mínima para a aposentadoria e não a um encargo maior sobre o orçamento), regulação financeira e fiscal, condição da esfera social, supervisão ambiental etc.
Além disso Rússia não consegue alcançar o nível dos países desenvolvidos devido a um parâmetro tão básico, como o grau de estratificação da população de acordo com a renda: 10% dos russos mais ricos detêm 29,7% dos rendimentos, na maioria dos países desenvolvidos essa parcela é de 20 a 25%. No ranking da facilidade de fazer negócios, determinado também pelo BM, a Rússia ocupa o 112º lugar de 183. Já o Chile ocupa o 37º lugar, a Letônia, o 25º.
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