Gás de xisto não impedirá desenvolvimento de energia nuclear, diz presidente da Rosatom

Usina da extração de gás na cidade russa de Orenburgo Foto: RIA Nóvosti

Usina da extração de gás na cidade russa de Orenburgo Foto: RIA Nóvosti

“Acreditamos que uma fatia de 25% a 30% da energia nuclear no setor de energia mundial seria ideal", diz Serguêi Kirienko.

O baixo custo do gás de xisto não será um obstáculo ao desenvolvimento da energia nuclear no mundo. Essa é opinião do presidente da corporação estatal de energia atômica Rosatom, Serguêi Kirienko, que discursou na 17ª edição do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na Rússia.

Segundo os participantes de uma das sessões do evento, dos 20 países líderes na produção de gás natural, 15 têm grandes programas de desenvolvimento da energia nuclear.

Os especialistas citam duas razões para explicar isso. Em primeiro lugar, as reservas de urânio vão durar de 100 a 150 anos. Em segundo lugar, ao contrário do petróleo e do gás, as usinas nucleares são menos poluentes se bem cuidadas as questões de segurança.

ʺÉ claro que nas regiões onde o metro cúbico do gás de xisto custará entre US$ 30 e US$ 50, ao invés de US$100, ninguém vai construir usinas nucleares”, disse Kirienko. ʺPorém, a energia nuclear não só pode garantir a estabilidade dos preços dos combustíveis por 60 anos, mas também tem uma grande contribuição a dar para o futuro do país e na criação de empregos.ʺ

ʺNos anos 1990, acreditava-se que o preço de um barril de petróleo não iria subir acima de US$ 20. Mas há alguns anos, nesse mesmo fórum, foi dito que o preço não iria descer abaixo de US$ 150”, disse Kirienko, para exemplificar a volatilidade dos preços dos hidrocarbonetos.

ʺPor isso, acreditamos que uma fatia de 25% a 30% da energia nuclear no setor de energia mundial seria idealʺ, completou. 

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